O governo instituiu, em 2012, o Programa de Aviação Regional, cuja meta da primeira fase é disponibilizar a 96% da população brasileira um aeroporto a pelo menos 100 quilômetros de distância. O empreendimento terá infraestrutura de qualidade, voos regulares e preço competitivo. O programa deve reformar, ampliar e construir 270 aeroportos.
Segundo a publicação da Secretaria de Aviação Civil, que traz os detalhes do programa, 43% da população do interior não viaja de avião por que os voos regionais são 31% mais caro que os voos entre capitais. Os recursos para financiar o programa são do Fundo Nacional de Aviação (Fnac), criado pelo governo para aplicar os valores das outorgas dos aeroportos e das tarifas aeroportuárias. A estimativa de investimento inicial do Fnac é de R$ 7,3 bilhões.
Conforme informou a secretaria, o Fórum Econômico Mundial considera o Brasil, entre 140 países, o número um em competitividade em viagens e turismo, devido a riqueza natural. Contudo, de acordo com um relatório em conjunto do Ministério do Turismo, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV), no quesito acesso das não-capitais numa escala até 100, o índice é 53,8, contra 74,9 das capitais.
O estudo informa que 38% do consumo no Brasil está fora das regiões metropolitanas. Estima-se que seis, entre 10 brasileiros, vivam nas cidades do interior e com renda 20% superior à da classe média das capitais.
Entre os anos 2000 e 2013, o número de pessoas que circularam por aeroportos regionais passou de 5,1 milhões para 16,5 milhões. Segundo o estudo, até 2035, esse número pode chegar a 113 milhões de pessoas.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil