Da Redação, Elas Por Elas
Na próxima sexta e sábado, 25 e 26, será realizado o lançamento do projeto Elas Por Elas LBT 2021. Uma iniciativa da Secretaria Nacional de Mulheres do PT e da Secretaria Nacional LGBT do PT, o objetivo do fórum é a troca de experiências e vivências das mulheres LBT num cenário conservador, fascista e neoliberal.
“Vamos dialogar sobre a estratégia de fortalecimento de nosso segmento e construção coletivas de táticas para enfrentamento dessas estruturas patriarcais. E contar com a contribuição de pontos positivos e adversos no projeto e obviamente de novas metodologias de desenvolvimento do Elas por Elas e Nossas Cores”, explica Janaina Oliveira, secretária nacional LGBT do PT.
O trabalho do Elas Por Elas LBT de 2020 mostrou resultados concretos. Com um olhar mais voltado para a diversidade e as especificidades, o PT conseguiu não só aumentar o número de mulheres nos espaços de poder, mas ampliou a pluralidade na conquista desses espaços.
“Nosso foco sempre esteve em garantir a representação das diversas realidades do que é ser mulher no Brasil. Portanto trabalhamos com mulheres negras, jovens, do campo, da cidade e LBT em todas as suas tranversalidades”, afirma Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.
De fato, o Partido dos Trabalhadores ampliou a representatividade feminina na política nas últimas eleições. Foram 639 mulheres eleitas pelo partido em 2020, contra 519 em 2016. Foram mais de 220 mulheres negras eleitas para essa legislatura. Já as LBT’s lideraram o salto, saíram de dois mandatos em 2016 e agora são vinte.
Janaína ressalta que o esforço para construir esses espaços vai além do investimento financeiro, passa também pelas ações cotidianas por meio de formações, debates e transversalidade da luta social — que não se restringiram ao âmbito nacional, pois as estruturas estaduais das mulheres também atuaram nesta agenda. Além da atuação no parlamento junto às bancadas do partido.
“Foi um marco importante, pois pela primeira vez houve uma inclusão das LBT na construção dessa política, no fortalecimento das lideranças e na visibilidade desse segmento”, ressalta.
Os desafios
O parlamento ainda tem uma sub representatividade do segmento LBT, apesar dos avanços importantes nas eleições de 2020. Janaína reforça que ainda estamos em um cenário difícil diante da escalada da violência política de gênero.
“Por serem corpos seja pela orientação sexual e/ou identidade de gênero em que o sistema busca negar sua existência e a omissão do Estado que não confronta e não protege as mulheres sobre essas formas de silenciamento”, ressalta Janaína.
Para debater esses e outros pontos da pauta das mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais, não perca a data do fórum LBT nas redes @mulherespt e @lgbtdopt