A Procuradoria Geral do Trabalho (PGT) já registrou 199 denúncias de coação eleitoral em 14 estados durante essas eleições de 2018, os dados são de um levantamento da Agência Pública com o Ministério Público do Trabalho (MPT), e mostram que a maioria das empresas denunciadas são pró-Bolsonaro.
Esse tipo de prática é caracterizada quando superiores ou donos de empresas buscam influenciar votos de seus subordinados. Foram registradas denúncias contra mais de 60 empresas no país. Como a PGT pode receber mais de uma queixa, o total foi de 199 denúncias. A região Sul concentra a maior parte das acusações, com 157 denúncias.
Foi possível concluir motivação eleitoral de coação em 57 das empresas acusadas, 28 delas são em favor do candidato Jair Bolsonaro, o restante ainda não há conclusão ou estão sob sigilo.
Os procuradores do MPT relatam que o alto número de denúncias é algo que não aconteceu antes, e a campanha dentro das empresas era feita através de emails, cartas, whatsapp, vídeos ou mesmo no corpo a corpo.
Um caso bem conhecido de coação eleitoral é o de Luciano Hang, dono das lojas Havan, que aparece em vídeo coagindo seus funcionários a não votarem no PT, com um discurso de ameaça. Hang foi condenado pela Justiça do Trabalho de Santa Catarina, que comparou a prática ao voto de cabresto.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Agência Pública