Mais de três décadas depois de fazer campanha para Lula na primeira eleição direta depois da Ditadura Joelma Bandeira continua apoiando o ex-presidente. Nessa sexta-feira (9) ela visitou a Vigília Lula Livre em Curitiba, a 2,8 mil quilômetros de distância de Macapá, onde vive.
“Essa Vigília é emblemática e não pode acabar enquanto Lula não for liberto. Está chegando a hora”, afirma, emocionada.
Joelma veio para Curitiba participar de um encontro da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e aproveitou para ir até a Vigília dar boa tarde ao ex presidente Lula. “A gente está vivendo uma ditadura do Judiciário. Acredito que a saída para essa encruzilhada histórica é o povo nas ruas e união das esquerdas”, analisa.
Filiada ao PCdoB desde 1988, Joelma recorda o início da militância política, já entusiasmada com a candidatura de Lula à presidência. “Entrei no movimento estudantil pela Juventude do PCdoB. Fomos para as ruas na primeira eleição com voto direto depois do golpe militar. Abracei a causa de Lula e foi isso que me trouxe para a luta política, que mantenho até hoje”, conta.
A prisão de Lula é a continuidade do golpe contra a democracia, afirma Joelma. “O golpe só poderia ter continuidade com a prisão dele, que era líder em todas as pesquisas de voto”, argumenta. O ataque à democracia ficou ainda mais claro quando o algoz de Lula, Sérgio Moro, foi convidado para ser ministro do governo que ajudou a eleger condenando o ex presidente.
“Não falo da injustiça contra Lula só como professora. Também sou advogada, estudei o processo e sei que a condenação dele fere os princípios da produção de provas, da ampla defesa e do contraditório”, afirma Joelma. “O que está acontecendo com Lula é totalmente político. Não tem nada de jurídico, pois as leis brasileiras não foram respeitadas”, completa.
Por Luis Lomba, da Agência PT de Notícias, direto de Curitiba