O Programa Universidade para Todos, de concessão de bolsas de estudo integrais e parciais, foi avaliado pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior (Abraes)
Mais uma vez, os bolsistas do Prouni apresentaram resultados superiores aos dos colegas da rede pública, no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Enquanto os bolsistas acertam cerca de 50 questões, os demais estudantes das universidades públicas acertam 48.
Das 10 áreas comparadas, os bolsistas tiveram melhor desempenho em biomedicina e radiologia. Nas demais, seja em humanas, exatas ou biológicas, a diferença do desempenho entre os estudantes foi igual ou inferior a dois pontos, numa escala de zero a 100.
Entre os requisitos para ter acesso e permanecer no programa, a pessoa não pode ter diploma universitário, ter renda familiar bruta não superior a um salário mínimo e meio e ser aprovado em 75% das disciplinas cursadas.
O Prouni foi criado em 2005 e, desde então, 1,3 milhão de pessoas o acessaram. Muito criticado pela oposição, chegou a ser alvo, no Supremo Tribunal Federal, da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3314. Impetrada pelo ex-PFL, atual DEM, a ADI questionava a legalidade do programa. “O Prouni veio para ficar. Adversários nas eleições deste ano afirmaram que manteriam o programa, demonstrando o seu sucesso”, disse o deputado Artur Bruno (PT-CE), titular da Comissão Permanente de Educação da Câmara.
No segundo semestre deste ano, o Ministério da Educação (MEC) ofereceu mais de 115 mil bolsas integrais e parciais para cerca de 23 mil cursos, em quase mil instituições de ensino privado.
Segundo o deputado Artur Bruno, os estudantes com melhor desempenho acessam as grandes universidades particulares.
Por Guilherme Ferreira, da da Agência PT de Notícias