O deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) criticou o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta, Dilma Rousseff. “Esse processo nasce mais ou menos no pedido de número 50, 60, na tentativa de se achar um crime de responsabilidade”, afirmou.
Rubens Júnior ressaltou que as mais de 20 etapas de investigação da Operação Lava Jato não encontraram indícios de crime da presidenta. “Não há investigação que possa manchar a presidente Dilma Rousseff”, enfatizou.
Ele disse ter clara convicção de que este processo de impeachment é diferente do ocorrido em 1992. “Aquela votação unia o país, esta divide! Qualquer que seja o resultado. Um exemplo é o muro instalado na Esplanada”, disse.
O deputado não poupou o PT de críticas, ao dizer que o partido “cometeu vários erros”, mas reforçou que o momento adequado para julgar o comportamento da legenda é nas próximas eleições. “O PT deve ser julgado nas eleições de 2018, pelo povo! A presidente Dilma também, eventualmente errou, mas não cometeu nenhum dos crimes de responsabilidade apontados na denúncia. Como então condenar alguém sem o efetivo cometimento de um crime?”, questiona.
A tentativa de aprovar o processo de impeachment foi apontada como o resultado de um projeto pessoal de poder do vice-presidente, Michel Temer, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “Isto é um projeto de poder pessoal do réu Eduardo Cunha e do vice-presidente Michel Temer, que não tem outra forma de chegar ao poder. Pesquisas atestam que não há legitimidade popular que dê respaldo a Temer no lugar de Dilma”, afirma. “Voto contra a autorização do impeachment, vetando assim este conluio. A História os julgará.”
Da Redação da Agência PT de Notícias