O Diretório Nacional reúne-se esta semana, com a participação de presidentes estaduais, deputados, senadores, ministros petistas, para uma avaliação da conjuntura mais recente e para iniciar o debate sobre as eleições de 2016.
Desde já, é preciso que a militância afaste o clima de pessimismo que muita gente procura incutir em nossas cabeças. Não é verdade que o PT vai ser varrido do mapa, ou que vamos sofrer uma derrota avassaladora. Só quem perde antecipadamente é quem se recusa a lutar – e esta não é a tradição petista.
É fato, porém, que vamos enfrentar uma disputa difícil. Não só pela campanha de intolerância e ódio contra o partido, mas também porque as dificuldades econômicas (que esperamos superar com o fim do ajuste e mudanças na atual política) tendem a repercutir negativamente nas eleições.
Mais que nunca, a próxima campanha vai exigir de nós mais capacidade de articulação, mais unidade e mais organização. O resultado dependerá, também, de iniciativas que precisam ser adotadas no curto prazo. Por isso, é urgente criar condições políticas nas cidades para definir candidaturas, proporcionais e majoritárias, estabelecer alianças com os partidos que apoiam Dilma, priorizando as prefeituras que governamos.
Nossas campanhas terão de ser pautadas, obrigatoriamente, pela defesa do PT, do legado dos governos Lula/Dilma, do nosso projeto político e do modo petista de governar/legislar. A construção do programa do governo deve envolver o diálogo com a população, com os movimentos sociais e com aliados nos municípios.
Por fim, no novo modelo de campanha que esperamos seja sem financiamento empresarial, nada melhor do que usar o verbo e gastar muita sola de sapato…
Rui Falcão é presidente nacional do Partido dos Trabalhadores