O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse, nesta terça-feira (10), que pretende “aprimorar o modelo de governança” para evitar que “erros” se repitam. Bendine afirmou ainda ter recebido total autonomia para gerir a companhia e defendeu a credibilidade da empresa perante o mercado.
“A Petrobras não vai parar. Ela não vai entrar em marcha a ré. Ela vai continuar trabalhando efetivamente”, garantiu, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo.
Bendine defendeu o alto nível técnico da empresa, capaz, segundo ele, de “aprimorar o modelo de governança” para evitar novos “erros”. Ele também disse acreditar na capacidade de recuperação e geração de lucro da Petrobras.
“Eu não tenho dúvida, o quadro da Petrobras está muito engajado nesse momento para mostrar o real valor da empresa”, declarou.
O diretor refutou ainda a imagem de forte crise apregoada, afirmou que o endividamento não é “tão elevado quanto se parece” e garantiu que a empresa possui enorme capacidade de geração de valores para os acionistas e para a sociedade brasileira.
O novo presidente da estatal, há cinco dias no cargo, disse ter recebido do Conselho de Administração “total autonomia liberdade na gestão da companhia”. O conselho da Petrobras é formado por dez pessoas, sete indicados pelo governo, um representante de acionistas minoritários, um de acionistas de preferenciais e um de empregados.
“É natural que nós vamos ter que fazer um esforço em relação a essa captação. Então, sob esse aspecto, eu me sinto muito tranquilo até pela experiência adquirida nesse tipo de gestão”, explicou, em referência aos seis anos que presidiu o Banco do Brasil, com lucro líquido de R$ 11,246 bilhões, registrado em 2014.
Sobre o balanço da estatal em 2014, Bendine disse que o número divulgado não é um indicativo.
“Isso vai ter que ser certificado depois, inclusive pela auditoria externa. Com certeza nós teremos uma baixa de ativos até porque nós também estamos fazendo uma correção do passado. Então nós queremos em 2014 um valor justo e que mostre com muita clareza e transparência qual é o número da companhia no momento”, explicou.
Em relação a política de preços praticada pela Petrobras, Bendine afirmou que trata-se de um planejamento a longo prazo, que não está sujeito às oscilações do mercado.
A Petrobras nunca vai se sujeitar à volatilidade do mercado internacional seja para cima, seja para baixo. O que a Petrobras faz no momento da sua definição de preço é uma visão, um cenário de longo prazo”, explicou.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias