Foi extinto neste sábado (21) o acampamento em frente ao Congresso Nacional formado por grupos que pediam o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e uma possível intervenção militar.
O grupo, formado por cerca de 15 barracas, resistiu até o início da noite de ontem à ordem dada pelas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que deu prazo até 19h para que os acampados deixassem a Esplanada dos Ministérios.
Ao se negarem a deixar o local de forma pacífica, a Polícia Legislativa, responsável pela segurança do Congresso, retirou barracas e faixas, dispersando os manifestantes.
Em um ponto mais recuado do gramado, manifestantes de outro acampamento, que pediam a destituição do governo via intervenção militar, desarmaram as próprias barracas mas entraram em confronto com um grupo contrário, que gritava “Não vai ter golpe”.
O grupo pró-intervenção militar é o mesmo que, na semana passada, se envolveu em uma confusão com integrantes da Marcha das Mulheres Negras. Um policial civil do Maranhão acampado com os manifestantes disparou quatro tiros para o alto e depois se entregou à polícia.
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), solicitou na última sexta-feira (13) a Polícia Federal a abertura de investigação sobre a atuação de grupos golpistas acampados nas imediações do Congresso.
O pedido ocorreu em razão da prisão de um manifestante que portava uma arma de fogo e diversas armas brancas, escondidas em seu carro, estacionado junto a um acampamento.
“Respeitamos a liberdade de expressão e de manifestação, princípios que fundaram o nosso Partido e balizam a nossa atuação, mas jamais poderemos nos omitir diante de fatos gravíssimos como o que ocorreu ontem e que podem se repetir na forma de tragédia”, justificou.
O líder do PT também cobrou o cumprimento da resolução que proíbe acampamentos no gramado à frente da sede do Legislativo. Essa resolução é do dia 7 de agosto de 2001 e foi assinada pelo então presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente (interino) do Senado, Edison Lobão (PMDB-MA).
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Brasil”