Com a proposta de definir um planejamento operacional e uma atuação integrada entre as forças federais e estaduais de Segurança Pública no combate ao crime organizado, o governo federal promoveu, na última quarta-feira (7), reunião entre os governadores do Sudeste. Participaram da reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo; Luiz Fernando Pesão, do Rio de Janeiro; Fernando Pimentel, de Minas Gerais; e Paulo Hartung, do Espírito Santo.
Para Cardozo, sem uma ação integrada e um planejamento comum entre o governo federal e os estados, não será possível enfrentar o crime organizado de forma eficiente. O Sudeste é a segunda região a debater a integração na área. A primeira foi o Nordeste.
“Houve um consenso entorno da criação de uma estrutura permanente da região Sudeste, em conjunto com o governo federal, para enfrentarmos esta situação”, afirmou Cardozo. Segundo o ministro, foi acordada uma primeira ação policial integrada no Sudeste.
Os secretários de Segurança Pública, os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, os delegados-gerais da Polícia Civil e outros gestores da área vão se reunir até a próxima semana para definir um modelo de grupo operacional integrado.
Operação Brasil Integrado – Na primeira ação após a Copa do Mundo, no início de novembro, a “Operação Brasil Integrado – Ação Fronteiras e Nordeste” resultou na apreensão de cerca de 5 toneladas de drogas, 100 armas de fogo, 1,7 mil munições e 427 veículos.
A ação ainda prendeu 436 pessoas em flagrante ou em cumprimento de mandados. Em 5 de dezembro, outra edição da operação, em 26 estados e no Distrito Federal, apreendeu cerca de 3 toneladas de drogas, R$ 128 mil, 275 armas de fogo e 1.341 veículos irregulares.
Segurança integrada – O modelo de segurança integrada é um dos compromissos da campanha de Dilma para a área e se baseou no sucesso operacional da Copa do Mundo. Para colocá-lo em prática, a presidenta vai encaminhar ao Congresso uma proposta de alteração da Constituição.
A proposta de Dilma é que os estados deixem de ser os únicos responsáveis pela segurança pública, com a obrigação fatiada para todos os entes federados. O modelo de sucesso aplicado no Mundial incluiu centros integrados de comando e controle.
Os estados que receberam o evento receberam 12 centros e ainda foram construídos outros dois nacionais. Agora, as outras unidades da federação, não contempladas para o Mundial, vão receber as instalações.
Com sistemas de câmeras e sistemas de comunicação integrados, comandantes das Forças Armadas, polícias civil e militar, Corpo de Bombeiros, Força Nacional e polícias Federal e Rodoviária Federal comandavam um efetivo de mais de 177 mil homens.
Da Redação da Agência PT de Notícias