O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, afirmou, nesta terça-feira (22), que a legenda vai entrar na Justiça contra o candidato derrotado ao governo do estado em 2022, ACM Neto, por calúnia e ataque à honra do partido. O ex-prefeito de Salvador tenta, sem qualquer fundamento, associar o PT ao crime organizado, mentindo, em entrevista a uma rádio local, que criminosos estão pedindo votos para candidatos da legenda.
“A derrota iminente em Camaçari está deixando o ex-prefeito de Salvador cada vez mais desesperado. Todo mundo sabe que ele lida mal com as derrotas, que não superou a perda nas urnas para Jerônimo até hoje, mas passou de todos os limites e vai ser responsabilizado judicialmente”, destacou o dirigente estadual do PT.
Leia mais: Onda de apoios políticos leva Caetano em direção à vitória em Camaçari
Éden apontou que, desde o fracasso de ACM Neto em 2022, o ex-prefeito só faz criticar a violência, mas não propõe nenhuma solução para a segurança pública e nem para qualquer outra área. “Não tem uma proposta para a saúde na Bahia, não tem uma ideia nova para a educação, não sabe como gerar emprego e renda para os baianos. Passa dia e noite falando em tráfico e facção. Até aí é problema dele e sua incapacidade de apresentar um programa para a Bahia. Mas seus excessos incontidos, seu impulso exaltado não pode ser naturalizado. ACM Neto está descontrolado e vai responder na Justiça pelo nítido desequilíbrio.”
Éden concluiu dizendo que a mágoa de ACM Neto por ter sido derrotado pelo governador Jerônimo Rodrigues e pelo PT não lhe dá o direito de mentir e caluniar o partido. “Não saber perder não pode servir de justificativa para que ele ataque a honra do governador e a trajetória do Partido dos Trabalhadores com tantas mentiras e injúrias. Vou defender a história do PT no debate político, na mídia, nas redes sociais e na Justiça até as últimas consequências. Ele tem que lavar a boca antes de falar do PT”, rebateu.
Leia mais: Em Camaçari, Lula fortalece campanha do PT para Caetano voltar à prefeitura
Solla reage às acusações de ACM Neto
O deputado federal Jorge Solla (PT) reagiu, nesta quarta (23), às acusações infundadas do ex-prefeito. Segundo Solla, a declaração de ACM Neto reflete o desespero diante de uma possível derrota no segundo turno da eleição para a prefeitura de Camaçari, que ocorre no próximo domingo (26), onde o PT é representado por Luiz Caetano.
“Essa fala é o típico comportamento de quem está com medo de perder. O ex-prefeito bolsonarista esqueceu de mencionar que as cidades mais violentas da Bahia, e que enfrentam sérios problemas com o tráfico de drogas, são justamente aquelas governadas pelo União Brasil ou por seus aliados. Um exemplo claro é Camaçari, que nos últimos anos foi administrada pelo partido que ele mesmo presidiu”, afirmou Solla.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 confirmam que Camaçari foi o segundo município do país com a maior taxa de mortes violentas intencionais.
Leia mais: Na Bahia, Gleisi impulsiona candidaturas petistas em Camaçari e Lauro de Freitas
Além de Salvador, que figura entre as capitais mais violentas do país e onde ACM Neto foi prefeito, elegendo seu sucessor, Bruno Reis, outras cidades baianas sob gestão do União Brasil ou de aliados também estão entre as mais perigosas, a exemplo de Eunápolis, Feira de Santana, Simões Filho, Luís Eduardo Magalhães e Santo Antônio de Jesus.
“Há inúmeras denúncias de envolvimento do crime organizado no financiamento de campanhas de candidatos ligados ao União Brasil. É só olhar para os municípios onde o partido venceu, são justamente aqueles mais dominados pelo tráfico”, destacou Solla.
Das assessorias do PT Bahia e de Jorge Solla, com Redação do PT