A presidenta Dilma Rousseff respondeu, nesta sexta-feira (18), perguntas de internautas sobre o programa Mais Médicos em sua página oficial do Facebook. Durante o bate-papo, Dilma rebateu críticas do presidenciável Aécio Neves (PSDB) ao programa e declarou que ele é contra a iniciativa do governo federal.
“As críticas feitas pelo senador não significam uma sugestão para a melhoria do programa. Essas críticas demonstram simplesmente que o senador é contra o Mais Médicos, aliás como foi a posição do seu partido ao longo de todo o processo de aprovação”, explicou a presidenta.
Em sabatina promovida pelo portal UOl, Folha de S. Paulo, Rádio Jovem Pan e SBT na última quarta-feira (18), Aécio declarou pretender manter programas criados pelos governos do PT, como o Bolsa Família e o Mais Médicos. Ele também afirmou pretender realizar alterações nos programas.
Dilma defendeu o chamamento de médicos estrangeiros promovido pela iniciativa e alegou que o Revalida aprova número insuficiente de profissionais para atender a população brasileira.
“Precisamos aumentar o número de médicos que podem prestar atendimento no Brasil, porque enquanto a procura por médicos for maior que a oferta, quem fizer o Revalida vai preferir as regiões mais ricas”, destacou.
Ela apresentou dados do programa aos internautas e ainda informou que o Mais Médicos está presente em mais de 3,5 mil municípios e em 34 distritos de saúde indígena. Com isso, o programa garante cobertura médica a 50 milhões de pessoas.
Para a presidenta, uma das garantias de melhoria no programa, que tem prazo previsto de três anos, renováveis por pelo mesmo período, é a ampliação de vagas para medicina nas universidades brasileiras. Dilma também defendeu o aumento na quantidade de bolsas de residência médica.
A meta do governo federal é criar 11,5 mil vagas de graduação em medicina até 2017, com prioridade para cidades e regiões que não contam com faculdades atualmente. Após a criação do Mais Médicos, o Ministério da Educação autorizou a criação de 3,3 mil vagas.
Médicos cubanos – Questionada sobre a preferência entre médicos cubanos, Dilma garantiu que Cuba tem uma oferta de médicos com boa formação, que atendem de forma ‘qualificada e humana’.
“Não permitimos que médicos formados em países com menos de 1,8 médicos por mil habitantes pudessem participar do programa Mais Médicos”, explicou a presidenta.
Ela informou que o pagamento aos médicos cubanos é feito pelo governo brasileiro como ajuda de custo adicional, já que estes profissionais são funcionários do governo de Cuba, onde mantém seus salários e benefícios.
“Todos os gastos com moradia, alimentação e transporte para o posto de saúde onde trabalham são de responsabilidade das prefeituras que aderiram ao Mais Médicos”, completou.
Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias