A concessão do Aeroporto de Brasília à iniciativa privada, em dezembro de 2012, transformou o terminal em uma espécie de grande shopping center com dezenas de lojas e milhares de pessoas que transitam diariamente no local como trabalhadores do comércio, órgãos públicos com instalações administrativas para fiscalização e na própria administração.
Segundo a Inframérica, atual administradora do aeroporto, mais de 8 mil trabalhadores credenciados transitam diariamente por lá. Esse é o número de credenciais distribuídas pela administradora a cada indivíduo que exerce atividade profissional no aeroporto Juscelino Kubitschek.
A reportagem da Agência PT de Notícias tentou obter da administradora Infraero, que antecedeu a Inframérica, os dados comparativos para mostrar a mudança de patamar entre as duas fases da operação, mas a estatal afirmou não dispor de dados além dos relativos aos próprios funcionários, que eram pouco mais de 350 até a trasnferência da concessão.
Do quadro atual de trabalhadores, grande parte deles são funcionários das 80 lojas de comércio varejista instaladas após a concessão. Elas vendem produtos como roupas, livros, revistas e lembranças, além de comida variada, em restaurantes e lojas fastfood.
Mas há também um contingente de servidores públicos que atuam em órgãos que cuidam da fiscalização aduaneira, como Receita Federal, e repressão a criminosos, contrabandistas e traficantes – a Polícia Federal.
Para abrigar essa grande comunidade, mais de R$ 1,5 bilhão foram investidos no aeroporto nesses dois anos e meio de transferência da gestão para o setor privado. Até o final da concessão, com duração de 25 anos, a Inframérica pretende investir quase o dobro disso (R$ 2,85 bilhões).
Ainda há obras em andamento que, consequentemente, causam poucos transtornos aos passageiros, apesar das melhorias significativas mostradas em reportagem da Agência PT veiculada no início dessa semana.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias