O agente da Polícia Federal Dalmey Fernando Werlang confirmou, durante audiência da CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados, na quinta-feira (2), que as escutas colocadas em cela com preso da Operação Lava Jato foi feita à pedido de três superiores. Além disso, ele informou que as escutas também foram implantadas no fumódromo da Superintendência da PF em Curitiba (PR).
De acordo com Werlang, a ordem teria sido dada pelo superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, e pelos delegados Igor Romário de Paula e Márcio Anselmo. Ele ainda confirmou que as escutas fizeram gravações e foram repassadas a Anselmo e uma delegada.
O equipamento, segundo o agente, foi instalado sem autorização judicial. O grampo foi localizado em abril de 2014 pelo doleiro Alberto Youssef, que estava na cela em Curitiba.
Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a confirmação feita pelo agente mostra uma “ilegalidade grave”. O parlamentar também cobrou que a apuração dos fatos seja feita “cuidadosamente”.
“Os fatos devem ser checados e, se forem verdadeiros, os responsáveis devem ser investigados e punidos”, cobrou Teixeira.
Da Redação da Agência PT de Notícias