O programa Água Para Todos superou as metas iniciais. Em 2011, a marca estabelecida era a entrega de 750 mil cisternas até o fim de 2014. Até novembro do ano passado, contudo, foram distribuídas 771.344 mil unidades. A iniciativa contou, em 40 meses de trabalho, com o investimento de R$ 6,1 bilhões, atendeu 1,2 mil cidades e beneficiou mais de 5 milhões de brasileiros.
“A conclusão deste primeiro ciclo do Água para Todos foi surpreendente. Além de superarmos a meta pública, também atendemos a um número maior de famílias”, informa a secretária de Desenvolvimento Regional Ministério da Integração Nacional, Adriana Alves, no site da pasta.
Desde 2003, o governo federal instalou mais de 1,1 milhão de cisternas em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O número representa uma capacidade de armazenamento de 17,6 bilhões de litros de água.
O programa agora dará continuidade ao trabalho de implantação dos sistemas coletivos de abastecimento, como barreiros, pequenas barragens, poços e kits de irrigação. “As tecnologias de segunda água são fundamentais para universalizarmos o acesso à água no semiárido”, explica Adriana.
Etapas – O programa é formado por três iniciativas que captam água da chuva. O Primeira Água consiste na implementação de cisternas para captação e armazenamento para consumo humano.
O Segunda Água, para a produção agropecuária, em propriedades de agricultores familiares do Semiárido brasileiro.
E o terceiro passo é o Cisternas nas Escolas, em que a água é ofertada tanto para consumo humano quanto para a produção de hortas em escolas municipais da zona rural do Semiárido brasileiro.
As cisternas são fabricadas em polietileno ou em placas de cimento. A engenhoca, de baixo custo, capta água da chuva pelo telhado, por meio de calhas. O recurso é armazenado em reservatórios de 16 e 52 mil litros, respectivamente, quantidade suficiente para abastecer uma família de cinco pessoas por até oito meses de estiagem.
Parceria – O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) assinou dois convênios e ampliou metas com três consórcios para que o programa chegue a 56 municípios da Bahia e de Minas Gerais.
Com investimento de R$ 143 milhões, a iniciativa visa a construção de 16.781 cisternas de placas de 16 mil litros, 8.086 tecnologias para a produção de alimentos e 810 cisternas escolares.
Por Rebeca Ramos, da Agência PT de Notícias