O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o secretário de Educação do Estado, Herman Voorwald, foram intimados, na última quinta-feira (16), a detalhar para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), os motivos pelos quais os professores estaduais não receberam o pagamento pelos dias de greve.
Há quase 20 dias, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo estadual pagasse imediatamente os valores descontados dos docentes durante a paralização. No entanto, os salários só devem ser pagos no dia 24, em folha suplementar, informou o governo.
Os professores tiveram quase um mês e meio de salários descontados durante a maior greve da categoria no estado, que durou 89 dias. Os profissionais reivindicavam reajuste de 75% para equiparar os rendimentos aos demais estatais com ensino superior. A greve teve início e 16 de março e só terminou em 12 de junho.
Em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo”, a presidente do Sindicato de Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, declarou que a principal razão para a categoria encerrar a greve foi o corte dos dias parados.
Ainda de acordo com a reportagem, a secretaria de Educação não apresentou ainda proposta de reajuste salarial.
Dados falsos – Para justificar a negativa ao pedido de reajuste dos professores, o governador tucano divulgou dados falsos sobre os salários dos trabalhadores durante a greve. De acordo com Alckmin, os professore teriam recebido reajuste de 45% entre 2011 e 2014. Entretanto, o ganho real da categoria, neste período, foi de 12,3%.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Folha de S. Paulo”