Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a Relatora Especial da ONU para o Direito a Água e ao Saneamento, Catarina de Albuquerque, culpou o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) pela falta de água no estado de São Paulo. “E não sou a única a achar isso”, disse ao jornal. O governador tucano segue negando o racionamento de água na região, que já atinge cerca de 2,1 milhões de pessoas.
Para a relatora, o planejamento do uso da água é fundamental e o esgoto deve ser tratado como um recurso. Segundo Albuquerque, o governo Alckmin falhou ao não adotar medidas e investimentos necessários para lidar com a crise.
“Uma parte da gravidade poderia não ser previsível, mas a seca, em si, era. Tinha de ter combatido as perdas de água. É inconcebível que estejam quase em 40%”, afirma a relatora.
De acordo com Albuquerque, o preço cobrado sobre a água deveria ser mais caro e considerar o consumo “para garantir que quem consome mais pague muitíssimo mais”. Ela cita como exemplos positivos os adotados pelos Estados Unidos da América (EUA), onde são multadas pessoas que lavam o carro em tempos de seca, e o exemplo japonês, onde são adotados sistemas de canalização paralela para reaproveitamento da água.
Da redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de SP