Em entrevista ao Programa Ponto a Ponto da página do Facebook PT na Câmara, no último dia 12, o deputado Patrus Ananias (PT-MG), secretário-geral da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, destacou o compromisso de levar a Frente para os estados e municípios. “Queremos debater a questão da soberania nacional, da soberania popular, com o povo brasileiro, nas assembleias legislativas, câmaras municipais, universidades, escolas, igrejas comprometidas com a questão social, movimentos sociais, juventude, empresários, trabalhadores”, disse Patrus. “Discutir o Brasil que nós queremos e para as gerações futuras”.
O primeiro lançamento da Frente nos estados será no dia 19 de setembro, às 9h, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sob a coordenação do deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Em outubro, a Frente será lançada nas assembleias legislativas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “A Frente trabalhará com coordenadores nos estados e municípios para construir esses espaços de debate e reflexão”, explicou Patrus. Participam do lançamento em São Paulo, além de Patrus, a presidente da Frente, senadora Zenaide Maia (PROS-RN), e o presidente de honra, ex-senador Roberto Requião (MDB-PR).
Patrus Ananias destacou que a questão da soberania se coloca em duas dimensões, previstas na Constituição: “a da integridade territorial do Brasil, a nossa efetiva independência, a preservação das nossas riquezas, para que estejam a serviço das gerações presentes e futuras; e a dimensão da soberania popular”.
“Nós não temos um governo. Temos um desgoverno sem projeto de país”, observou Patrus. “O presidente do Brasil bate continência para a bandeira dos Estados Unidos e acordos sigilosos como o da Base de Alcântara e da Amazônia não são divulgados, compartilhados com a sociedade. Nós queremos que essas questões sejam explicitadas, debatidas com a sociedade brasileira”, acrescentou.
Retrocessos
Junto à questão da soberania, Patrus apontou os retrocessos no campo da democracia e dos direitos humanos. “Vivemos no país um quadro de instabilidade séria no campo da democracia, com relação aos direitos fundamentais e a questão da soberania, o desmonte e a entrega do nosso País; um momento muito delicado na história do Brasil, com retrocessos lamentáveis. Tudo que diz respeito aos direitos sociais, aos pobres, à classe trabalhadora, à classe média assalariada, pequenos e médios empreendedores, está sendo destruído”, alertou.
“Agora estão querendo entregar as nossas terras para os estrangeiros. Junto com as terras vão as nossas águas, a nossa biodiversidade e as riquezas do nosso solo”, afirmou o deputado. O secretário-geral da Frente destacou, também, que a Petrobras está sendo fatiada para ser privatizada por valores muito menores do que a empresa realmente vale. “E isso ocorre exatamente quando chegamos no pré-sal”.
O deputado denunciou o processo de privatização da Eletrobrás, que o governo de extrema-direita pretende acelerar. “Privatizar a Eletrobras é entregá-la para os grandes capitais internacionais e, sobretudo, é privatizar as nossas águas”, afirmou. “É um governo que está a serviço do grande capital, do capital financeiro, dos bancos, das grandes empresas transnacionais poderosíssimas. Alguém está ganhando com isso. É só olhar os balanços dos bancos e das grandes empresas transnacionais”, concluiu Patrus Ananias.
Por PT na Câmara