O distritão, sistema eleitoral em discussão na reforma política na Câmara dos Deputados, é utilizado atualmente apenas em 2% dos países. De acordo com o jornal “O Globo“, lista com 200 países elaborada pelo International Institute of Democracy (Idea) aponta que 38% das nações utilizam o modelo proporcional, o mesmo que é utilizado atualmente no Brasil.
Além disso, o levantamento mostra que o distritão é adotado nas Ilhas Pitcairn, que tem pouco mais de 50 habitantes; em Vanuatu, outra ilha do Pacífico; na Jordânia e no Afeganistão.
O Japão, que já utilizou o distritão, abandonou o sistema em 1990, ao alegar que o modelo estimulava casos de corrupção e de caixa dois.
Ainda segundo a lista do instituto internacional, 38% dos países utilizam o sistema distrital, que divide os estados em distritos e é eleito o candidato mais votado em cada um.
Para o professor de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Ranulfo, o distritão tende a manter os atuais deputados.
“O distritão não traz nenhuma insegurança para quem está propondo. Diz que fez uma reforma política mas, na verdade, essa mudança mexe muito marginalmente no quadro atual”, explicou.
“No sistema atual, tendemos a desconfiar dos partidos, mas as pessoas esquecem que o eleitor também desconfia dos candidatos. Se mudamos para o distritão, daqui a cinco anos estaremos discutindo novamente uma reforma política”, completou o cientista.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “O Globo”