Em pouco mais de 9 meses de governo, Bolsonaro já mostrou quais são suas prioridades. Beneficiar parentes, fazer declarações preconceituosas e mentirosas, prejudicar programas sociais e retirar recursos da educação. Sem conseguir fazer a economia voltar a crescer, Jair realizou inúmeros cortes no orçamento de 2020 nas áreas do ensino, da moradia, saúde e da proteção do meio ambiente.
Mas em meio a tantos cortes que prejudicam diretamente o povo brasileiro, Bolsonaro achou uma “brechinha” no tão sofrido orçamento e conseguiu destinar R$ 4,7 bilhões em vantagens para as carreiras das Forças Armadas, segundo reportagem da Folha de S. Paulo divulgada nesta quarta-feira (18). O valor seria suficiente para retomar obras paradas em estradas ou recompor as bolsas do Capes, por exemplo.
Entre os principais pontos estão aumentos no adicional de habilitação – recebidos por militares que passam por cursos de qualificação – e da ajuda de custo para aqueles que vão para a reserva. O auxílio do governo tem o objetivo de suavizar a relação com os militares, prejudicados pela Reforma da Previdência, assim como a população brasileira não privilegiada.
R$ 4,7 bi seria suficiente para retomar obras paradas em estradas ou recompor as bolsas do Capes, por exemplo.
A reforma prevê economia de R$ 97 bilhões nos gastos com a categoria na próxima década. Entretanto, com as novas mudanças propostas no orçamento, as despesas com a melhoria das carreiras giram em torno de R$ 87 bilhões, também nos próximos 10 anos.
Descaso com a população
O orçamento de 2020 ainda não foi aprovado pelo Congresso, mas a proposta do governo inclui cortes em áreas essenciais para o bem-estar do povo brasileiro. O Ministério da Saúde pretender reduzir em R$ 393,7 milhões os gastos com vacinas, mesmo com o aumento considerável de casos de sarampo no país.
Outro detalhe no orçamento que mostra bem as prioridades desse desgoverno é o descaso com a Amazônia, a fauna e flora brasileiros. Bolsonaro cortou em 34% a verba de prevenção e controle dos incêndios florestais, além de reduzir em 30% total alocado ao Ministério do Meio Ambiente.
Para finalizar, a pasta que vem sendo destaque pelos seguidos cortes neste ano e no orçamento do ano que vem é a da educação. Além de perder R$ 6,2 bilhões em 2019, o orçamento previsto para 2020 está 18% menor que o deste ano. A área de pesquisa perderá metade dos seus recursos, e a educação básica sofrerá com corte de 54% na verba.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo