O resultado das eleições é fundamental para garantir o direito do povo brasileiro de se aposentar, especialmente os trabalhadores rurais. O alerta foi feito pelo advogado Ludimar Rafanhim durante roda de conversa na Vigília Lula Livre na tarde desta sexta-feira (21). “Temos que conversar com os nossos candidatos sobre isso. A proposta de reforma da Previdência que está no Congresso pode ser retirada, ampliada ou reduzida, dependendo dos que forem eleitos dia 7 de outubro”, disse.
Rafanhim criticou a proposta enviada ao Congresso pelo atual governo. “Logo após o golpe contra Dilma Rousseff o governo mandou a proposta, não sem antes apresentá-la aos banqueiros, mas não aos trabalhadores”, lembrou. Ele ressaltou as ameaças aos trabalhadores rurais. “A aposentadoria rural na prática vai acabar”, afirmou.
“Hoje o trabalhador do campo pode se aposentar com um salário mínimo depois de 15 anos de atividade rural e idade de 55 anos para mulheres e 60 para homens. Isso vai acabar”, disse Rafanhim. Segundo ele, a proposta do governo golpista é que a aposentadoria rural exija 25 anos de contribuição previdenciária de 4% do salário mínimo para cada membro da família, praticamente inviabilizando a aposentadoria no campo.
Para justificar os cortes nos direitos dos trabalhadores, o governo ilegítimo trocou o argumento do ataque ao deficit pelo combate a privilégios. “Só quem nunca acordou antes do sol para tirar leite e passou o dia trabalhando no cabo da enxada acha que trabalhador rural é privilegiado”, disse Rafanhim. Ao mesmo tempo que fala em cortar privilégios, o governo sequer menciona os R$ 400 bilhões que empresas devem à Previdência.
Se concretizada, a reforma da Previdência proposta pelos golpistas vai criar no Brasil uma geração de idosos pedintes, sem aposentadoria para se sustentar após uma vida de trabalho. “As pessoas não vão se aposentar, para resolver os problemas da Previdência no Brasil, pois vão contribuir e não receber o benefício”, aponta.
Por Luis Lomba da Agência PT de Notícias