O aquecimento de água em residências por meio do calor do sol vai aumentar dos atuais 5% para 24% até 2050, diminuindo o uso de energia elétrica para esse fim e reduzindo também os custos para os moradores. A previsão consta dos estudos econômicos e de demanda para o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, que está em debate.
A substituição dos chuveiros elétricos por aquecedores solares, como os que estão sendo usados em empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida, vai reduzir o uso de energia elétrica para o aquecimento de água de 88% (2013) para 38% (2050), liberando essa energia para outros fins.
Com maior uso da energia térmica solar, o país deixará de consumir cerca de 8.600 gigawatts/hora (GWh) da rede elétrica em 2050.
Até 2050, cerca de 20% dos domicílios brasileiros usarão o calor do sol para aquecer água, com a instalação de aproximadamente 250 metros quadrados de painéis de aquecimento solar para cada 1.000 habitantes. Até 2030, a disseminação do aquecimento solar nas residências já permitirá, projeta o PNE 2050, que se evite um consumo próximo de 4.465 GWh.
O uso do sol para gerar energia elétrica (ou a geração solar fotovoltaica) nas residências também deverá crescer. A projeção é que com a instalação de placas para captar a luz solar nos domicílios, 13% da carga do segmento residencial será atendida por essa energia. Serão aproximadamente 15 milhões de domicílios com a tecnologia, ou 18% do total potencial.
Um projeto-piloto nesse sentido foi implementado em condomínios do Minha Casa, Minha Vida em Juazeiro, na Bahia, gerando não apenas energia limpa, mas também capacitação da mão de obra e renda aos moradores.
Para os estudos sobre a demanda de energia no cenário até 2050, o PNE aponta que o consumo de energia elétrica pelas residências quase triplicará, passando de 125.000 GWh em 2013, para 345.000 GWh em 2050, o que representa um crescimento anual de 2,8%.