Sob o massacre ultraneoliberal do presidente Javier Milei, o consumo de carne bovina na Argentina despencou ao menor nível desde 1920. Tradicionalmente um dos maiores apreciadores mundiais do produto, o país enfrenta uma realidade chocante: as carnes, incluindo aves e suínos, tornaram-se um luxo para a maioria da população.
Segundo relatório da Bolsa de Comércio de Rosario, se a tendência atual persistir, o consumo de bovinos em 2024 fechará em torno de 44,8 kg por habitante, uma grande baixa em relação à média histórica de 72,9 kg.
Leia mais: Milei derruba PIB e empurra Argentina para recessão
A inflação interanual argentina atingiu impressionantes 280% em maio e veio acompanhada por uma recessão que resultou em colapso generalizado de diversas atividades econômicas. As políticas desastrosas de Milei vêm aumentando a miséria e a desigualdade. Atualmente, mais da metade dos 45 milhões de habitantes do país vivem na pobreza.
O impacto na população
O resultado dessas políticas é sentido em todo o país, mas de forma acentuada em Buenos Aires. Na capital, o índice de pessoas incapazes de comprar a cesta básica de alimentos dobrou de 8% para 16% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. Esses números evidenciam a falta de um projeto de desenvolvimento inclusivo por parte do governo de extrema direita, que esnoba o Mercosul e ignora as necessidades básicas de sua população.
Leia mais: Milei deixa Argentina sem gás, e país recebe socorro do Brasil
Javier Milei, com seu discurso inflamado e suas propostas radicais, prometeu um futuro de prosperidade e crescimento. No entanto, a realidade tem sido o aumento da pobreza e a deterioração das condições de vida. Seu modelo, centrado em cortes sociais drásticos e desregulamentação, resulta em um desastre de proporções épicas.
A situação na Argentina serve como um alerta para toda a América Latina. As políticas de extrema direita, com sua ênfase em austeridade e desmonte do estado de bem-estar social, têm consequências devastadoras para as populações mais vulneráveis. É preciso combatê-las.
Leia mais: Lula defende democracia e integração na 64ª Cúpula do Mercosul
Da Redação