Partido dos Trabalhadores

Arnaldo Brito: Minha Casa, Minha Vida Rural é “investimento histórico”

Avaliação foi feita ao Jornal PT Brasil pelo assessor de política agrícola da Contag. Com investimentos de R$ 11,6 bi, programa vai reduzir o déficit habitacional e dar dignidade às famílias das áreas rurais

Reprodução/TvPT

Brito, sobre o MCMV: "Temos a enorme satisfação de dizer que o Brasil está em processo de reconstrução com a volta do programa”

“É um investimento histórico para os trabalhadores que vivem no campo a retomada do Minha Casa Minha Vida Rural e Entidades (MCMV). Temos a enorme satisfação de dizer que o Brasil está em processo de reconstrução com a volta do programa”.

A declaração foi dada pelo assessor de política agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Arnaldo Brito, no Jornal PT Brasil da TvPT na manhã desta sexta-feira (12), sobre o anúncio feito pelo presidente Lula quarta-feira (10) da contratação de 112 mil novas moradias do MCMV Rural e Entidades.

Com investimentos de R$ 11,6 bilhões, o programa vai reduzir o déficit habitacional e oferecer mais dignidade às famílias residentes em áreas rurais, com prioridade para comunidades tradicionais, remanescentes de quilombos e povos indígenas, famílias chefiadas por mulheres, em situação de rua, em situação de vulnerabilidade ou risco social.

Arnaldo Brito apontou que o governo federal está no caminho certo ao apostar na parceria e diálogo com os movimentos para a construção das casas, sem visar lucro e com foco na qualidade das habitações, para que as famílias morem com dignidade.

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“Isso faz toda diferença, estamos muito otimistas. Passamos um ano na reconstrução do programa para fazer com que ele realmente possa rodar. Vamos alcançar os nossos objetivos até o 2026 no final do mandato do presidente Lula”, salientou.

Ao lembrar dos seis anos sem nenhuma contratação para unidade habitacionais no meio rural, Arnaldo classificou como um enorme retrocesso o desmantelamento dessa política pública. “Mas agora voltamos com a habitação para o meio rural, para as periferias e meio urbano, isso é fundamental”, assinalou.

Além da grave descontinuidade do MCMV, Arnaldo avaliou que a situação foi agravada com a pandemia porque muitas famílias migraram do centro urbano para o meu rural.

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“Devido à necessidade de isolamento, temos muitas situações de coabitação, duas ou três famílias morando numa mesma casa”, observou, além das casas em más condições para moradia e as que precisam de reformas. Segundo ele, ao juntar todos os parâmetros, o déficit habitacional no meio rural chega mais de 1,3 milhão de casas que precisam ser construídas. Ele acrescentou que outras precisam ser reformadas, principalmente para os agricultores familiares, os assentados de reforma agrária, para os quilombolas e para os povos indígenas.

Retomada do diálogo

A volta do diálogo do governo federal com os movimentos resulta em melhoria concreta de vida para os trabalhadores rurais e urbanos, segundo Arnaldo, que falou de uma reunião muito importante recentemente com o presidente Lula.

“Mostramos a necessidade de orçamento para que possamos atingir a meta maior possível. Já vamos contratar 75 mil casas, que é um número muito significativo”, ressaltou, ao revelar outros avanços do programa MCMV.

Essas 75 mil casas no meio rural trazem junto a geração de renda para os pequenos municípios e muito mais, apontou Arnaldo.

“A gente está falando do âmbito social, de trazer dignidade para o campo; da questão cultural porque as que as especificidades regionais vão ser consideradas”, informou, ao falar da integração das políticas públicas.

“Não é ter a casa só por ter”, assinalou, ao falar da necessidade de ter as casas com captação de água via cisterna onde for necessário, com a energia fotovoltaica, energia renovável, com os quintais produtivos para geração da alimentação saudável e de renda, além de painéis solares.

“Estamos falando do biodigestor para geração do gás de cozinha e energia, da questão da preservação ambiental em torno desses ambientes, com a plantação de árvores frutíferas, nos quintais produtivos agroecológicos. Então a gente está pensando na integração de todas as políticas públicas em torno dessas unidades habitacionais”, concluiu, ao fazer o convite para o movimento “Grito da Terra” em maio.

Da Redação