O Ministério Público Eleitoral (MPE) do DF impugnou, nesta quarta-feira (16), a candidatura do ex-governador José Roberto Arruda (PR), conhecido por comandar o chamado do Mensalão do DEM que foi desmontado pela Polícia Federal em 2009.
Além dele, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), filha do mentor de Arruda, o também ex-governador Joaquim Roriz, teve seus planos de reeleição atrapalhados pelos procuradores eleitorais. Outros dezenove candidatos estão na mesma situação.
Arruda e Jaqueline foram condenados em segunda instância, na semana passada, pelo Tribunal de Justiça do DF, e são considerados fichas sujas.
Arruda, que foi preso e teve seu mandato de governador do DF cassado, traz no currículo a condenação pelo crime de enriquecimento ilícito.
Outros velhos conhecidos da política local também estão impedidos de concorrer nessas eleições. A ex-vice de Arruda, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), foi barrada por ter sido condenada por compra de votos nas eleições de 2006.
Pelo mesmo motivo, está impedido o deputado distrital Cristiano Araújo (PTB), condenado por abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Já o deputado distrital Aylton Gomes (PR), também envolvido no mensalão promovido por Arruda, foi condenado por improbidade administrativa.
A Justiça Eleitoral ainda decidirá sobre a validade do registro dos candidatos. Segundo o código eleitoral, eles podem seguir com a campanha, arrecadar recursos e ter o nome incluído na urna, enquanto houver possibilidade de recurso.
Apesar disso, os procuradores acreditam que Arruda, se eleito, não poderá ser empossado. A Lei da Ficha Limpa prevê que uma decisão judicial que cause inelegibilidade deve produzir efeitos imediatos.
Para o procurador eleitoral do DF, Elton Ghersel, essa é uma forma de impedir que um candidato inelegível participe do pleito e a Justiça Eleitoral deve reforçar a decisão.
Da Redação da Agência PT de Notícias