Partido dos Trabalhadores

Artistas repudiam ação policial sem mandado em escola do MST

Brasil vive estado de exceção, declarou Wagner Moura. O músico Lira (ex-Cordel do Fogo Encantado) estava na escola durante invasão e chamou ação de “truculenta”

Após invasão violenta e sem mandado judicial da Polícia Civil à Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), personalidades usaram as redes sociais para mostrar indignação sobre a ação policial.

O ator Wagner Moura manifestou o seu apoio aos estudantes das ocupações no país e repudiou a ação policial sobre a Escola Florestan Fernandes na manhã da sexta-feira (4).

O ator Fábio Assunção também criticou a ação policial e apoiou os alunos. “Os estudantes estão em um movimento pacífico e estou aqui prestando a minha solidariedade. Ofereço também o meu apoio aos movimentos sociais que são legítimos. Não se pode coibir a expressão do cidadão brasileiro”, enfatizou.

Compositor, ator e ex-integrante do Cordel do Fogo Encantado, o músico Lira estava na Florestan Fernandes durante a invasão policial. Ele participava de um debate sobre cultura popular no auditório Patativa do Assaré quando ouviu tiros.

Para ele, a ação é uma prova de que o Brasil está “em um estado de suspensão da democracia”.

“Eu vim participar de um debate sobre cultura popular, convite que fiquei muito feliz. No meio da palestra escutamos tiros. Todos os estudantes, de diversas partes do mundo, se mantiveram juntos. Depois, soubemos que mais de 10 camburões estavam na entrada da escola. Uma ação truculenta”.

O músico Edgard Scandurra também comentou a necessidade de acabar com a violência policial e enfatizou a necessidade da democracia.

O cantor Leoni também manifestou o seu apoio às ocupações de escolas e univerdades. Ele reforçou que os estudantes têm o direito de se manifestar.

O ator Otávio Muller também criticou a violência policial. “A polícia não pode agir com violência em cima desses estudantes que estão fazendo esse movimento de ocupação legítimo, democrático e importante para esse momento do Brasil”, disse.

Por Bruno Hoffmann, para a Agência PT de Notícias