A força do trabalho da agricultura familiar somada ao acesso ao crédito e à assistência técnica transformou a Fazenda Larga, a 70 quilômetros de Brasília, em assentamento da reforma agrária referência no País. “Esse é um assentamento vitorioso, de homens e mulheres que, a partir de 2003, receberam assistência técnica, o apoio do governo federal, e, hoje, dão exemplo de produção de alimentos de qualidade que abastecem Brasília e geram renda para as famílias”, explicou o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto.
Para o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, o assentamento mostra como a integração das políticas públicas – acesso à terra, infraestrutura, assistência técnica e crédito – promovem a qualidade de vida. “Avançamos para que as famílias possam ter não só a terra, mas ter moradia digna, condições de produzir”, diz.
O presidente da Associação dos Produtores Rurais da Fazenda Larga (Aprofal), Jair Francisco, apresentou o trabalho das famílias que produzem, principalmente, pimentão, tomate e pepino. Mas que já avançam para piscicultura e para a produção de mel. “Acho honroso e valioso a gente produzir o que consome e ainda garantir renda”, contou.
Após tomarem um café da manhã, o ministro e o presidente visitaram uma casa construída por meio do programa Minha Casa, Minha Vida Rural, conheceram o tanque de produção de peixes (tilápias, surubim e tambaqui), o cultivo do pimentão em estufas e conversaram e ouviram as demandas dos agricultores familiares. “O trabalho de vocês não muda somente a vida das suas famílias, da comunidade, mas a do povo da cidade também, ao oferecer produtos de qualidade”, disse o ministro.
Para garantir essa qualidade, os agricultores familiares do assentamento contam com as melhores tecnologias – irrigação, caminhões, tratores, maquinários e estufas. O acesso se dá por meio do crédito para agricultura familiar – com financiamento a juros baixos – e com apoio da assistência técnica. Quando eu cheguei aqui, a maioria não tinha conhecimento de produção. Ganhava dinheiro como eletricistas, pedreiros, carroceiros. Os barracos eram de lona”, recordou o extensionista Joselito Pereira de Souza, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater/DF), trabalha há 11 anos com as famílias do Assentamento Fazenda Larga. “
O agricultor familiar Davi de Jesus, 40 anos, era uma dessas pessoas. Em 2003, ele ganhava a vida como catador de lixo nas ruas de Planaltina (DF), cidade próxima do local. “Minha vida melhorou mil vezes. Só de saber que tenho o que comer, já fico sossegado”, disse o agricultor familiar, pai de três filhos, que chega a vender 400 caixas de verduras por semana.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil