Partido dos Trabalhadores

Ataque à China comprova que Eduardo Bolsonaro é um lacaio de Trump

Filho de Jair Bolsonaro imita presidente estadunidense nas ações e declarações xenófobas, comprometendo as relações comerciais e internacionais do Brasil

Paola de Orte/Agência Brasil

Desde que teve início, o governo de Jair Bolsonaro tem como objetivo principal seguir o que manda o mercado financeiro, o que significa obedecer os interesses dos Estados Unidos. Não é de hoje que a servidão do clã Bolsonaro a Donald Trump ficou em evidência, e nesta quinta-feira (19) colocou em risco a economia do país. Para agradar o presidente estadunidense vale tudo, inclusive criar uma crise diplomática com o maior parceiro comercial do Brasil: a China.

Eduardo, filho ’03’ de de Bolsonaro, parece querer disputar o posto de bobo da corte – e neste caso Trump é o rei – com Carlos Bolsonaro, filho ’02’ de Jair e também recordista em declarações absurdas. O deputado federal acusou o país asiático de ter criado e disseminado o Covid-19 (coronavírus) pelo mundo, absurdo que já havia sido dito pelo presidente dos EUA. A declaração de Eduardo comprovou que ele é um lacaio de Trump.

As notícias dos dias 17 e 18 revelam o comportamento subserviente e que o parlamentar brasileiro imita o presidente estadunidense. Após Trump falar e defender o uso da expressão “vírus chinês”, causando um crise com a China, Eduardo Bolsonaro resolveu fazer o mesmo. Veja a seguir:

Publicações sobre as declarações de Donald Trump e a crise do coronavírus

Publicações sobre as declarações de Eduardo Bolsonaro e o coronavírus

A absurda declaração de Eduardo provocou reações em todo mundo. O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, fez duras críticas na noite desta quarta (18) ao deputado federal, e exigiu que o parlamentar se desculpasse. “As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal, nem a sua qualidade como uma figura pública especial”, apontou o diplomata.

Como o problemático e irresponsável filho de Jair Bolsonaro não se retratou, coube ao presidente da Câmara dos Deputados pedir desculpas à China. “Em nome da Câmara dos Deputados, peço desculpas à China e ao embaixador @WanmingYang pelas palavras irrefletidas do Deputado Eduardo Bolsonaro”, postou Maia no Twitter. Ainda segundo ele, “a atitude não condiz com a importância da parceria estratégica Brasil-China e com os ritos da diplomacia. Em nome de meus colegas, reitero os laços de fraternidade entre nossos dois países. Torço para que, em breve, possamos sair da atual crise ainda mais fortes”, destacou.

Bancada do PT repudiou a absurda declaração de Eduardo

 

O deputado federal Paulo Pimenta destacou a servidão de Eduardo ao presidente dos EUA. O parlamentar petista classificou como “burrice” e “estupidez” a declaração do filho de Jair Bolsonaro. Pimenta ainda reforçou que ’03’ deveria se desculpar com a China

Os também deputados federais Zeca Dirceu e Erika Kokay criticaram as declarações de Eduardo:

Eduardo ameaçar a já fragilizada economia brasileira

 

Ao seguir os comandos de Trump, Eduardo coloca em risco a economia do Brasil, que está em frangalhos após um ano do governo Bolsonaro. A prova disso, é que a própria embaixada chinesa destacou que o deputado brasileiro “ao voltar de Miami, contraiu, infelizmente, vírus mental, que está infectando a amizade entre os nossos povos”. É válido lembrar que a China é o maior parceiro comercial do Brasil.

Só em 2018, 26,7% das exportações brasileiras tiveram o país asiático como destino. Pequim lidera o ranking dos compradores dos produtos brasileiros, segundo o Ministério da Economia. Entre 2003 e 2019, a capital chinesa investiu US$ 79 bilhões no Brasil. Já no ano passado, a balança comercial Brasil-China, entre janeiro e agosto, é extremamente favorável ao país. Enquanto o Brasil exportou U$ 41,5 bilhões, importou 23,7 bilhões de Pequim, um saldo favorável de R$ 17,8 bilhões.

Com os EUA de Donald Trump, por sua vez, a balança em 2019 é deficitária em R$ 352 milhões, com exportações de R$ 19,709 bilhões e importações de R$ 20,061 bilhões.

Da Redação da Agência PT de Notícias