Os 100 dias de resistência democrática na Vigília Lula Livre foram marcados por um ato político, com as presenças da deputada federal Luizianne Lins, do vereador Eduardo Suplicy e do secretário de Comunicação do PT, Carlos Árabe. “O importante é que nós resistimos e vamos continuar resistindo”, disse Luizianne, em nome da bancada federal do PT.
Luizianne recordou que estava na porta da Polícia Federal quando Lula foi trazido para Curitiba. “Também fui vítima das bombas de gás lacrimogêneo da polícia aqui, junto com crianças, senhoras, famílias. A gente tinha esquecido que não estávamos nos manifestando mais em um regime democrático”, disse.
Voltar a Curitiba e a Vigília encheu Luizianne de ânimo. “Eu acho a coisa mais linda do mundo voltar aqui 100 dias depois e estar toda essa gente resistindo. Isso não podem tirar da gente”, afirmou. Ela parabenizou MST, movimentos de luta por moradia, pelos direitos das mulheres, LGBTs, sindicalistas e estudantes pela mobilização.
“Ter Lula como preso político tem sido difícil, pelo tamanho da injustiça”, disse Luizianne aos militantes da Vigília. “Corta o coração da gente saber que essa potência de pensamento, de ação, de luz, de força, de resistência e de direção estar impedido de conversar com seu povo”, afirmou.
A resistência em Curitiba é fundamental na defesa da democracia brasileira, ressaltou Luizianne. “Esse nosso companheiro não pode ser varrido da história por uma burguesia interesseira, privatista, que acha que ainda é dona do povo, que já se libertou. Por isso ele está preso e não cai nas pesquisas”, disse. Segundo a deputada, “temos que fazer com que Lula seja uma assombração para essa burguesia que não respeita o interesse da maioria do povo”.
Carlos Árabe falou aos militantes da Vigília em nome da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. “Ela está em Cuba, com movimentos que lutam na América Latina por democracia e melhores condições de vida, em busca de solidariedade a Lula”, disse. Árabe acrescentou que “a liberdade de Lula é a liberdade do povo brasileiro e isso não é um jogo de palavras”.
Suplicy lamentou a condição de preso político de Lula e afirmou que não há prova de que ele tenha cometido crime. “A verdade é que o Moro não produziu prova de que Lula tenha enriquecido ilegalmente. O que aconteceu e que Lula deu vez e voz ao povo”, disse.
Por Luiz Lomba, de Curitiba para a Agência PT de notícias