A auditoria MGI SengerWagner Auditores Independentes comprovou que a banca Teixeira Zanin Martins prestou serviços à Fecomércio, desmentindo a falsa acusação produzida pelo Ministério Público e pelo juiz Marcelo Bretas. De acordo com o site da Conjur, a conclusão foi baseada na análise de todas as faturas emitidas e recebidas pelo escritório. Segundo a auditora, os documentos têm “total regularidade em relação ao escopo contratado, à contabilização e aos aspectos fiscais relacionados”. A empresa também disse que as faturas foram devidamente contabilizadas, com o regular recolhimento de impostos devidos.
Para o advogado Cristiano Zanin, “o principal alvo (da operação) foi o Estado Democrático de Direito. Não é a primeira vez que a Lava Jato tenta nos intimidar e fazer com que deixemos a defesa do ex-presidente Lula. A Lava Jato não gosta do exercício da garantia constitucional do direito de defesa”, afirmou. A peça montada pelo Ministério Público Federal e pelo juiz federal Marcelo Bretas acusou o escritório Teixeira Zanin Martins Advogados de simular serviços com a Fecomércio do Rio de Janeiro. No entanto, em maio de 2018, o escritório enviou documentos relativos à sua atuação junto à entidade e ao Sesc e ao Senac do Rio, no período de 2012 até àquele momento.
Agora praticado contra a defesa do ex-presidente Lula, o novo lawfare terá a resposta que merece, segundo o advogado Cristiano Zanin. “Vou falar sobre essa tática de lawfare para tentar calar advogados e, ainda, sobre ‘palestras’ que os membros da Lava Jato fizeram para entidades do Sistema S, dentre outras”, afirmou o advogado Cristiano Zanin em suas redes sociais, no final de semana. Zanin citou palestras realizadas pelo juiz Sérgio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol. “Vamos apurar todas essas palestras que a Lava Jato fez para entidades gestoras do Sistema S e para o próprio Sistema S. E vamos ver qual é de fato o “Esquema S”, dentre outros”,disse ainda.
A auditoria MGI SengerWagner, de acordo com o Conjur, também examinou a movimentação bancária do escritório. A verificação conclui que todos os valores que entraram na conta estavam em conformidade com as quantias e datas das faturas. De acordo com a auditora, quase não houve saques em dinheiro das contas. Os únicos valores retirados em espécie foram baixos, com o objetivo de suprir o caixa para pequenas despesas. A empresa ainda constatou, por meio dos registros e sistemas do escritório, haver material que comprova a prestação de serviços à Fecomércio.
Para Zanin, “o uso de delatores como instrumento para alcançar alvos pré-determinados é uma metodologia que a Lava Jato se utiliza desde o começo da operação. Já denunciei isso inúmeras vezes e provei que essa metodologia é espúria, mas é a receita da ‘lava jato'”, disse em entrevista. “Tudo aquilo que está dito na denúncia é absolutamente inverídico, é uma falácia, é uma inverdade”, denunciou Zanin. “Diante dessa situação, eu penso que a única justificativa para isso que aconteceu é realmente uma tentativa de fazer com que os advogados desistam de utilizar suas prerrogativas e desistam da própria advocacia.”
Da Redação com Revista Consultor Jurídico (Conjur)