A balança comercial brasileira fechou o primeiro semestre deste ano com um superávit de US$ 2,222 bilhões, 92,8% maior que o registrado no mesmo período de 2014. Esse é o melhor resultado desde 2012. Nos primeiros seis meses do ano passado, o saldo foi negativo em US$ 2,5 bilhões.
Em junho, a balança teve superávit de US$ 4,527 bilhões. Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2009 e 92,9% maior que o registrado em junho do ano anterior.
As exportações somaram US$ 19,62 bilhões e as importações, US$ 15,10 bilhões. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), contribuíram para o resultado a exportação de uma plataforma de petróleo de US$ 690 milhões e os embarques da safra de grãos, sobretudo da soja.
Semestre – A reversão do quadro negativo aconteceu de janeiro a junho devido à queda nas importações. No período, o Brasil exportou R$ 94,329 bilhões, uma média diária de 14,7%. Já as importações recuaram 18,5% na média diária, resultando em US$ 92,107 bilhões.
Nos últimos seis meses, o Brasil importou 36% a menos de combustíveis e lubrificantes e 15,8% a menos de bens de capital. Houve também retração na aquisição de matérias-primas em 15,1%, e de bens de consumo, de 13,7%.
A venda de produtos semimanufaturados aumentou 4,1%. Já as exportações de manufaturados e de produtos básicos caíram 8,4% e 16,4%, respectivamente.
De acordo com matéria publicada pelo portal “G1”, o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Herlon Brandão, afirmou que o governo espera que as médias diárias de exportação sejam melhores nos próximos meses, devido a acomodação dos preços e a abertura dos mercados da China e dos Estados Unidos para a carne bovina brasileira. Outro fator é a redução do déficit da conta petróleo.
Em 18 de junho, o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, estimou que a balança comercial terminará o ano com superávit entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões.
Da Redação da Agência PT de Notícias