Como se já não bastasse a maldade da PEC 18/2019, que acaba com o direito adquirido de se aposentar, hoje presenciamos cenas de puro autoritarismo e brutalidade, palavras que definem a atitude do trio tucano: Cauê Macris, Carlão Pignatari e João Doria.
O presidente do Alesp, o líder do governo e o governador foram os responsáveis pelo massacre físico, psicológico e moral praticado, hoje, pelo Batalhão de Choque da PM contra servidores públicos. Uma verdadeira sessão de tortura que começou, logo no início da manhã, dentro e fora da Assembleia Legislativa e só teve fim quando servidores já estavam feridos, com falta de ar e visivelmente envolvidos numa nuvem de pânico.
Nós, deputadas e deputados da bancada do PT, denunciamos e repudiamos o massacre policial promovido pelo autoritarismo dos deputados Cauê Macris e Carlão Pignatari, do PSDB, com o aval de governador João Doria, autor da Reforma da Previdência.
Três de março de 2020, sem dúvida, será lembrado, na história do segundo maior parlamento do país, como o dia da vergonha, da brutalidade e da tortura patrocinada pelo PSDB contra os trabalhadores estaduais.
Enquanto era votada a PEC da Reforma da Previdência, cassetetes, spray de pimenta, balas de borracha e gás lacrimogêneo foram lançados pelos corredores e plenários do Palácio 9 de Julho, para fazer com que as trabalhadoras e trabalhadores desistissem de seu legítimo direito de acompanhar, na casa que deveria ser do povo, a posição dos parlamentares sobre a PEC 18/2019, que nunca foi discutida com os interessados, ou seja, os trabalhadores públicos da educação, da saúde e dos serviços fundamentais.
Não vamos esquecer jamais, o dia em que a Assembleia Legislativa paulista foi palco de porrada, bomba e pancada, no trabalhadores.
Ninguém foi poupado. Dentro da Alesp, o ar tornou-se irrespirável e, do lado de fora do prédio, o cenário foi de batalha campal. No serviço médico local, foram atendidos idosos e funcionários da própria Assembleia, com ferimentos causados por cassetetes e bala de borracha, crise respiratória e vômitos. Mas no plenário Juscelino Kubitschek, o deputado Cauê Macris mostrava-se muito tranquilo e dava continuidade às sessões extraordinárias, como se nada estivesse acontecendo.
Manifestando todo o nosso repúdio a essa violência cometida contra os cidadãos deste Estado, exigimos que sejam apuradas as responsabilidades sobre os acontecimentos nesta Assembleia Legislativa.
Teonilio Barba Lula
Líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo