Neste 8 de Março, data em que as mulheres reafirmam conquistas e renovam as lutas por direitos, as parlamentares do PT na Câmara também reiteram a disposição de seguiram unidas contra o machismo e ocupando papel de destaque nos espaços de poder dentro e fora da política. “E neste ano, junto com as nossas pautas de emprego, de renda, de combate à violência, à misoginia e ao machismo, a gente vai colocar também a defesa da democracia”, anuncia a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
Na avaliação da presidenta do PT, as mulheres são fundamentais na manutenção da democracia. “Ao longo das últimas décadas tivemos papel indispensável na consolidação e defesa da democracia brasileira e seguiremos lutando para estarmos presentes em todos os locais, inclusive no orçamento público, como defende o governo do presidente Lula”, reiterou.
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Gleisi Hoffmann relembra que no último período a nossa democracia foi duramente atacada e sofreu uma tentativa de golpe, que culminou com a depredação da sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023. “A nossa democracia ainda é jovem, e nós precisamos dela para que a gente possa aprofundar as nossas lutas e termos vitórias nas pautas que apresentamos à sociedade e ao mundo público e político. Vamos participar. Defender a nossa democracia. Golpe Nunca Mais! Sem Anistia!”, pediu.
Igualdade entre homens e mulheres
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), coordenadora da Bancada Feminina e da Secretaria da Mulher da Câmara, também reforçou que o Dia Internacional da Mulher é uma data para reafirmar a participação e a representação das mulheres na democracia e na política nacional. Uma eterna lutadora por espaço de poder para as mulheres, dentro e fora da política, Benedita cita os avanços, especialmente os garantidos na Constituição, como a igualdade entre homens e mulheres. “Mesmo assim, sabemos que há muito ainda a ser feito para alcançarmos a igualdade de fato”, observou.
Ela cita por exemplo, que foi apenas em 2023 — 35 anos após a Constituinte — que o Congresso Nacional aprovou a Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres que desempenham funções equivalentes. “Mesmo previsto na Constituição de 88 e na CLT, o direito não era integralmente cumprido”, lamentou.
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Segundo o IBGE, as mulheres ganham 20% menos que os homens para os mesmos cargos. “Isso significa dizer que, mesmo sem considerar as duplas e triplas jornadas, as mulheres precisam trabalhar 2 meses a mais por ano para receber o mesmo que o homem recebe”, denunciou.
Mulheres na Política
Permanece também em pauta a luta por mais mulheres na política. Hoje são 100 deputadas e 15 senadoras, entre eleitas e suplentes. “É um avanço se consideramos que na Constituinte éramos apenas 26 deputadas e nenhuma senadora”, reconheceu Benedita. Mas ela ressaltou que, de 1932 até hoje o Brasil elegeu apenas 335 mulheres. “Não conseguiríamos encher um Plenário Ulysses Guimarães, enquanto neste mesmo período, os homens – que somam 7.568 – encheriam quase 15 plenários”, comparou.
Para Benedita, os números da participação das mulheres, mesmo ainda não sendo o que elas almejam, só foram alcançados após a luta de muitas mulheres em vários campos de atuações. “Estamos abrindo caminho para que outras se inspirem e deem continuidade à nossa caminhada”, afirmou.
Veja a manifestação das demais parlamentares da Bancada do PT na Câmara:
Deputada Adriana Accorsi (GO) –”Depois de tantos anos de retrocesso, finalmente, neste 8 de Março de 2024, temos muitas vitórias para comemorar: a lei de igualdade salarial entre homens e mulheres e o protocolo ‘Não é Não’, que combate a violência contra mulheres e meninas. Mas o nosso caminho ainda é longo para o mundo igualitário que sonhamos. Sigamos juntas pela democracia!”.
Deputada Ana Paula Lima (SC) – “Não existe democracia sem a participação da mulher na política. Este é um ano imprescindível para você se candidatar a prefeita ou vereadora do seu município e debater temas importantes que dizem respeito a nós, mulheres: o direito à creche, escola em tempo integral, salários iguais para trabalhos iguais. É importante estar vigilante na democracia, mas a participação política dará visibilidade à nossa voz.”
Deputada Ana Pimentel (MG) – “O 8 de Março é um dia para recordarmos a luta das mulheres por direitos, dignidade e liberdade. Hoje, conquistamos inúmeros espaços porque as mulheres que nos antecederam lutaram por nós. Agora é a nossa vez, e estamos empenhadas na luta por emprego, igualdade salarial, universalização das creches, o fim de todas as formas de violência e uma maior representação feminina na política.”
Deputada Camila Jara (MS) – “O Brasil não é um país justo para ser mulher, jovem, criança, negro, pessoa trans ou qualquer indivíduo que seja diferente do padrão. Isso ocorre porque nos espaços de decisão não temos mais mulheres ocupando a política. Os índices comprovam que nas sociedades onde temos o maior número de parlamentares mulheres, essas sociedades são menos desiguais e mais justas. Por isso, a paridade precisa ser nossa principal meta a ser alcançada já no próximo ano”.
Deputada Carol Dartora (PR) – “Tivemos vários avanços como mulheres na sociedade brasileira, como por exemplo, a nossa maior participação na política. No entanto, nossa sub-representação ainda é muito grande. Por isso, precisamos romper a barreira do machismo e ocuparmos mais espaços de poder. Só assim venceremos o desafio de consolidar a nossa democracia”.
Deputada Dandara (MG) – “Todo lugar é o nosso lugar, e não há democracia fortalecida sem ter, de fato, a representação do povo brasileiro. Nós queremos cada vez mais ocupar os espaços de poder com a presença do povo. As mulheres negras são um grupo muito importante em nossa sociedade e também precisam ocupar os espaços de poder”.
Deputada Denise Pessôa (RS) – “Neste 8 de Março, precisamos comemorar os avanços das políticas para as mulheres, especialmente na Câmara dos Deputados. Mesmo não sendo maioria, conseguimos avançar e aprovar políticas importantes para as mulheres no Governo Lula, como a igualdade salarial. Também discutimos pontos relevantes para as mulheres dentro da Reforma Tributária. E tudo isso é feito porque nós estamos aqui. A democracia precisa da nossa participação”.
Deputada Dilvanda Faro (PA) – “8 de Março é mais um dia de luta pela igualdade de gênero e para reafirmar a nossa caminhada em busca de direitos iguais. Em 2024, ano eleitoral, quero convidar todas as mulheres que têm o desejo de ingressar na política a se candidatarem. É ocupando esses espaços que conseguiremos reduzir as desigualdades e violências. Viva o dia das mulheres!”.
Deputada Erika Kokay (DF) – “Não existe democracia enquanto tivermos tanta dor por sermos mulheres. Por isso, para construir um processo e um país verdadeiramente democrático, é preciso assegurar direitos iguais a homens e mulheres. Precisamos de equidade de gênero para que possamos estar em todos os lugares que quisermos. A luta em defesa dos direitos das mulheres é a luta que carrega, de forma estruturante, a luta pela democracia”.
Deputada Ivoneide Caetano (BA) – “Não há democracia sem a participação das mulheres. E neste mês em que homenageamos as mulheres do Brasil, eu quero convidá-las para a luta. Temos muito ainda que conquistar, e é na política que esse embate é travado todos os dias. Vamos juntas ocupar os espaços de poder deste País. Viva as mulheres! Viva o 8 de Março!”
Deputada Jack Rocha (ES) – “2024 é um ano eleitoral e estamos aqui não só para pautar a necessidade de espaços mais democráticos e seguros para a participação e garantia das mulheres na política, mas também para ampliar nossas vozes nas câmaras municipais e prefeituras. Eu não tenho dúvidas de que essa é a missão da Bancada do PT na Câmara, de todo o nosso partido e, principalmente, da nossa militância”.
Deputada Juliana Cardoso (SP) – “8 de Março é mais uma data em que reafirmamos que as mulheres são fundamentais para a democracia. Somos a maioria do eleitorado brasileiro e as que mais contribuem com o andamento do Estado. Somos sobrecarregadas com o trabalho do cuidado em seus diversos níveis, e ainda somos vítimas de vários tipos de violências. Por isso, mulherar a política é urgente!”.
Deputada Luizianne Lins (CE) – “Na minha trajetória de mais de 30 anos de militância política e vida pública, costumo dizer que a única maneira de alcançarmos o ideal de uma sociedade mais justa e igualitária é com a superação do machismo e do patriarcado que oprime e violenta mulheres no nosso imenso Brasil. Sem igualdade de gênero, não há sociedade justa. Vamos juntas seguir na luta por direitos, autonomia e liberdade. As mulheres sempre foram a vanguarda das grandes lutas!”.
Deputada Maria do Rosário (RS) – ” O 8 de Março é sobre celebrar conquistas e reafirmar que a democracia é o alicerce sobre o qual construímos nossas lutas. A história registra muitos desafios que continuam presentes. Sem as mulheres, a democracia é incompleta. Afinal, nos lembra Simone de Beauvoir que basta uma crise para que os direitos das mulheres sejam questionados. A democracia é palavra essencial para as mulheres sempre!”
Deputada Natália Bonavides (RN) – “A cada dia mais se evidencia a importância das mulheres para o fortalecimento da democracia: trabalhadoras, mães, indígenas, negras, nordestinas, em toda a nossa pluralidade. Nossa presença faz a diferença! Que neste 8 de Março, a gente se encontre nas ruas para renovar as energias para as lutas deste ano que está só começando!”
Deputada Reginete Bispo (RS) – “Sem a presença das mulheres, não há democracia. Nós, mulheres, somos 52% da população brasileira, ou seja, maioria absoluta. Já provamos que, ao ocuparmos os espaços de poder e decisão, levamos pautas que são importantes para toda a sociedade. Para uma democracia efetiva, é fundamental a presença de todas nós”.
Do PT na Câmara