O fortalecimento da unidade para enfrentar os retrocessos tramados pela ultra-direita é o grande desafio do campo de esquerda hoje no Brasil. Essa foi a manifestação unânime dos representantes do PT, PCdoB e PSOL que, na tarde desta quarta-feira (13), reuniram-se a lideranças indígenas, ao movimento popular e sindical e à juventude para celebrar os 39 anos da fundação do Partido dos Trabalhadores.
A trajetória do PT, as conquistas alcançadas nos governos petistas e o papel essencial desempenhado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram lembrados como exemplos do que os setores democráticos e populares são capazes de conquistar com unidade e mobilização.
Revolução
“Em 13 anos de governo, o PT fez uma verdadeira revolução”, lembrou o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do partido no Senado. Ele ressaltou, ainda, que esse processo — capaz de assegurar a inclusão, de fortalecer a cidadania e gerar dignidade para milhões de pessoas—foi uma construção que contou com o apoio decidido de outros setores da esquerda. “Viva a unidade da esquerda!”, conclamou.
“O PT é uma referência para a esquerda em todo o mundo”, lembrou Berna Menezes, representante do PSOL. O vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, lembrou que seu partido caminha ao lado do PT desde a construção da Frente Brasil Popular, na primeira disputa presidencial pós-redemocratização e dirigiu sua saudação “ao maior líder popular da História brasileira”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula livre e democracia
Paulo Pimenta lembrou que este é o primeiro aniversário do PT que não conta com a presença física de Lula nas comemorações. “Mas nós somos milhões de Lulas”, apontou o deputado.
Essa ausência, porém, não pode ser normalizada, como destacou Humberto Costa: “Não se pode falar em democracia no Brasil enquanto o maior líder popular do País, que é Lula, estiver encarcerado”.
Resistência
A capacidade de resistência do PT foi lembrada pela presidenta nacional do partido, eputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Quem acha que vai nos exterminar, espere sentadinho, somos madeira que o cupim não rói. O PT não é fruto do ódio, é fruto do amor”.
A luta do PT, ressaltou Gleisi, vem da profunda relação do partido com os excluídos, os mais vulneráveis, os esquecidos pelas elites ao longo da história. “O PT não foi gerado no submundo da internet nem financiado por magnatas internacionais. Nós resistimos porque somos a esperança. O PT é obra de homens e mulheres que ousaram sonhar”
Presenças
Além do líder Humberto Costa, a Bancada do PT no Senado esteve representada por Jaques Wagner (PT-BA), Jean Paul Prates (PT-RN), Paulo Rocha (PT-PA) e Rogério Carvalho (PT-SE).
Também participaram da comemoração a presidenta nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), a dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) Antonia Ivoneide Melo Silva, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), parlamentares do PT e dos partidos de esquerda e os embaixadores da Palestina, da Rússia e da Bolívia.
Por PT no Senado