O governo brasileiro assinou na quinta-feira, 12, em Marraquexe, no Marrocos, um contrato de empréstimo de US$ 1 bilhão com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o chamado Banco do Brics. A cerimônia de assinatura contou com a presença da presidenta do NDB, Dilma Rousseff, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A operação atende a um pedido do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O financiamento do Banco dos Brics foi aprovado em julho de 2020 pela diretoria da instituição financeira bilateral. Era um aporte fundamental para o governo brasileiro assegurar resposta no combate à pandemia da COVID-19 e permitir investimentos para a retomada econômica. Sob o governo Bolsonaro, no entanto, o dinheiro não foi resgatado. Por causa da negligência de Bolsonaro com a saúde dos brasileiros, o Brasil tornou-se o país-sócio do NDB que menos acessou recursos do banco.
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Durante a pandemia, o NDB aprovou empréstimos aos outros quatro membros: Rússia, Índia, China, África do Sul. Até o fim do mandato de Bolsonaro, o Brasil não havia resgatado os recursos. A operação de crédito foi então formalizada pelo governo Lula, que terá um prazo para pagamento em até 30 anos, com juros de 1,64% ao ano.
Projetos verdes
No Marrocos, Dilma e Haddad participam de um encontro promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial no Marrocos, junto com outros ministros das Finanças e chefes dos bancos multilaterais de desenvolvimento. Os vice-presidentes do NDB, Leslie Maasdorp (CFO) e Anil Kishora (CRO), também participaram da cerimônia de assinatura do contrato.
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O encontro do FMI é para tratar de reformas e do financiamento de projetos verdes que atenuem os impactos das mudanças climáticas. A agenda bilateral do NDB e do Ministério da Fazenda permitiu a formalização da operação de crédito, aprovada pelo Senado Federal do Brasil.
Aracaju
No mesmo dia, a presidenta do NDB e o ministro da Fazenda do Brasil assinaram outro empréstimo, no valor de US$ 84 milhões, destinado a financiar o projeto ‘Aracaju, cidade do Futuro’, capital do estado do Sergipe, na região Nordeste do Brasil.
O projeto, orçado em pouco mais de US$ 100 milhões, moderniza a infraestrutura urbana de Aracaju e busca melhorar as condições de vida da população, aumentando a cobertura de saneamento básico, pavimentação de ruas, eliminando áreas de inundação e ampliando a acessibilidade e mobilidade em toda a cidade. O NDB financiará mais de 20 obras espalhadas em bairros de Aracaju.
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“Esses recursos do Banco dos BRICS vêm em boa hora, quando o país trabalha pela reconstrução de sua economia, promovendo inclusão social e buscando recuperar empregos e o crescimento econômico”, explicou Dilma Rousseff. Os US$ 21 milhões restantes serão dados como contrapartida pela prefeitura de Aracaju.
Da Redação, com Assessoria do Banco do BRICS