O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), anunciou, nesta terça-feira (11), que os deputados da base aliada vão construir uma agenda positiva para enfrentar o atual momento do País.
Os deputados seguem o exemplo do Senado, que apresentou na segunda-feira um conjunto com 28 propostas que têm como objetivo reaquecer a economia brasileira.
Os parlamentares também vão se unir para barrar a aprovação de projetos que aumentem os gastos públicos, tanto federais, como estaduais e municipais. De acordo com o líder, este é o momento de ter responsabilidade com o Brasil.
“Decidimos que vamos dialogar no sentido de evitarmos que essas pautas que gerem num momento de encruzilhada passageira que o Brasil está passando”, afirmou. A agenda positiva da Câmara deve começar a ser discutida na próxima semana.
O anúncio ocorreu após reunião com o vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer, com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante e da Aviação Civil, Eliseu Padilha, além dos líderes partidários.
“É importante num momento como esse a Câmara dialogar com o País e não só ficar votando as matérias que já estão na pauta, mas agregarmos, a exemplo do fez o Senado, uma pauta positiva para o País. Esse é o sentido da reunião, que garante governabilidade na base e vai garantir estabilizar a relação política do governo com sua base”, defendeu Guimarães.
O deputado anunciou que a Câmara buscará dialogar com o Senado para que as Casas atuem conjuntamente. Segundo Guimarães, o governo vai intensificar o diálogo com a base na Câmara.
“A partir de hoje a presidenta e o vice receberão as bancadas (…) para dialogar sobre a necessidade de repactuarmos a base dentro desses princípios que nortearão as votações, a responsabilidade interpoderes, a responsabilidade fiscal com o País”, detalhou.
Pautas-bomba – O plenário da Câmara deve retomar nesta terça-feira (11) o debate sobre a PEC 443/2009, que vincula o salário de diversas carreiras aos reajustes de ministros do STF.
Na semana passada os deputados aprovaram a medida para as carreiras da Advocacia Geral da União (AGU) e de delegados. De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a medida pode onerar em R$ 2,5 bilhões os cofres públicos, anualmente.
Agora, os deputados se debruçam sobre os destaques, que podem ampliar o benefício a outras carreiras do Executivo.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias