Partido dos Trabalhadores

BC registra perspectiva do mercado de queda da inflação

Mesmo pequeno, recuo no índice oficial já sinaliza uma desaceleração nos preços de produtos ainda em 2015, com possíveis reflexos nos indicadores de 2016

O governo Bolsonaro está perdendo a guerra contra o dragão da inflação e os preços dos produtos da cesta básica de alimentação disparou: o óleo de soja subiu 77,69%; o arroz, 59,48%; e o feijão fradinho, 58,49%

Boletim do Banco Central divulgado na manhã desta segunda-feira (24) diz que mercado financeiro tem a primeira previsão de queda da inflação depois de 17 semanas seguidas de perspectiva de alta. As previsões do mercado constam da pesquisa a 100 instituições bancárias, feita pelos técnicos do BC na semana passada.

De acordo com o boletim, a inflação oficial brasileira, identificada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), terá um recuo para 9,29% em 2015, contra os 9,32% previstos anteriormente pelos economistas que atuam no mercado.

Os primeiros indicativos de recuo nas taxas de inflação começaram a aparecer no início deste mês (agosto), levando o ministro Nelson Barbosa a prever uma queda “mais rápida” em 2016.

A previsão do boletim do mercado do BC confirma levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do início deste mês, que registrou desaceleração também no Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) na segunda prévia de agosto, para 0,17%.

No mesmo período do mês anterior (junho), o índice obtido pela FGV foi de 0,71%. Ou seja, uma redução de 76% entre um mês e outro. O IGP-M é formado por diversos componentes que também indicaram queda, dentre eles o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA).

O IPA apresentou variação de 0,01% no período, contra 0,76% do segundo decêndio de julho, devido à desaceleração nos preços dos alimentos in natura, entre outros.

Pelo mesmo motivo – em destaque a queda no preço das hortaliças – o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também desacelerou no mês passado, de 0,56% para 0,27%. A torcida agora é que a tendência de queda mostrada por todos esses indicadores se reflita em índice menor de inflação tanto em 2015 quanto no ano que vem (2016).

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias