Durante o último debate entre os candidatos a prefeito de Belém, deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) e o Delegado Federal Eguchi (Patriotas), foi marcado pela objetividade do candidato psolista em apresentar propostas concretas para a cidade, enquanto que o bolsonarista preferiu desferir ataques e continuar a divulgar fake news que já causaram à sua campanha uma série de condenações.
No confronto transmitido pela TV Liberal, afiliada da Rede Globo, na noite da sexta-feira (27), Edmilson Rodrigues, que lidera as pesquisas de intenção de voto na capital paraense, chegou a ganhar dois direitos de resposta contra Eguchi por declarações ofensivas. Já o bolsonarista, que em vários momentos fez acusações levianas e sem apresentar nenhuma provas contra o psolista, não teve nenhum pedido de direito de resposta garantido pelos advogados da emissora.
Experiente e equilibrado, Edmilson, que governou Belém de 1997 a 2005 e que tem nesta eleição como candidato a vice o petista Edilson Moura, focou a sua participação na defesa do seu programa de governo, principalmente na defesa da população pobre, crianças e jovens.
Ele reafirmou o seu compromisso com a geração de emprego e renda na capital paraense, principalmente no que diz respeito aos jovens que buscam o seu primeiro emprego.
Ele anunciou que o Banco do Povo terá uma linha de crédito especialmente criada para atender os jovens que querem iniciar uma carreira profissional.
“Eu vou fazer um programa, o ‘Jovem do Futuro’. Além de articular com as empresas a execução de uma lei federal que permite a criação de cinco mil empregos para jovens, que é o jovem aprendiz. Não há nenhum esforço para mobilizar o empresariado e garantir o primeiro emprego para a juventude, mas o Banco do Povo terá uma linha para a juventude, para o jovem músico, de qualquer sexo e valor cultural, que poderá inciciar a sua atividade profissional”.
Educação e combate à pandemia
Edmilson lembrou que a sua gestão foi premiada pelas Nações Unidas por causa das boas práticas na administração pública e acusou o atual prefeito Zenaldo Coutinho, do PSDB – que apóia o seu adversário – de ter abandonado a cidade e fechado vagas nas creches e estabelecimentos de educação infantil.
“O atual prefeito fechou três mil e quatrocentas vagas de creches e de educação infantil. É uma violência. É a equipe que o candidato Eguchi talvez queira manter para exercer esta ‘competência’ e prejudicar crianças e mães trabalhadoras. Eu sou educador há mais de quarenta anos, fiz um investimento e mereci prêmio como Prefeito Amigo da Criança.Eu tenho que honrar esta história, vou mais do que duplicar o número de creches e vou zerar o déficit na educação infantil. Vamos implementar as escolas de tempo integral e vamos abri-las à comunidade, com a presença dos professores e dos mestres de saberes e fazeres. Vamos valorizar os trabalhadores na educação com uma mesa de negociações permanente e sem que haja nenhuma perda salarial”, anunciou.
Com relação ao combate à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de duas mil pessoas em Belém, Edmilson Rodrigues reafirmou que a sua gestão irá atuar em obediência aos protocolos científicos e desse modo salvar vidas .
“Vamos atuar para proteger vidas, especialmente das pessoas mais pobres, porque os ricos pegam um jatinho e vão se tratar lá em São Paulo. Mas as pessoas pobres tem que ter assistência do município. Neste sentido, uma policlínica móvel vai cumprir um papel fundamental, o hospital de retaguarda Dom Zico tem que ser aperfeiçoado e as equipes reforçadas. E fazer um convênio, tanto com o Estado que cumpriu um papel importante, mas também com a Universidade Federal do Pará que controla o Hospital Barros Barreto, que tem uma grande capacidade ociosa, e poderá ser usado para tratamento e assim salvarmos vidas”, propôs o candidato do PSOL.
Edmilson encerrou a sua participação no debate fazendo uma convocação à população de Belém para que neste domingo vote na sua proposta de tirar a cidade do abondono em que vive hoje.
“As eleições representam um momento de escolhas. Você pode escolher a proposta da bravata, do acinte e do convite à violência, ou pode escolher a história de alguém que já governou a favor dos pobres, mas respeitando a todos, mas sabe que onde há fome e miséria é ali que tem que ter a maior parte dos investimentos públicos. Escolha a experiência e estaremos juntos construindo essa Belém que todos nós sonhamos e volte a ser premiada e saia desta fase de corrupção e abandono”, conclamou ele.
Da Redação