O presidente da Petrobras, Aldemir Bendini, reafirmou em nota divulgada na terça-feira (7), o compromisso da estatal com a realidade tarifária, um dos principais itens para estabilização das receitas financeiras da companhia e de recuperação de credibilidade diante dos investidores internacionais.
“Reafirmo nosso compromisso em manter a política de preços de acordo com critérios de mercado. Estamos em um momento no qual o mercado enfrenta baixa demanda; então precisamos saber o período correto de colocar uma possível correção para que a gente mantenha a rentabilidade da companhia”, avisou o presidente, durante solenidade de abertura do Ethanol Summit 2015, realizado no dia anterior.
Bedindi também revelou preocupação com a dependência do país com a importação de derivados como a gasolina e conclamou os parceiros a focar seus esforços em ações de desenvolvimento de infraestrutura e logística de distribuição.
O evento, um dos maiores do mundo sobre energias renováveis, com foco na produção de álcool combustível (etanol), seja hidratado ou anidro, contou com a presença de grandes fabricantes do setor, autoridades do governo, pesquisadores e investidores brasileiros.
O álcool hidratado é o etanol vendido nas bombas dos postos. Já o anidro se destina à mistura com a gasolina. Cerca de 1,5 mil pessoas participam do evento na capital paulista.
Bendini aproveitou para destacar a necessidade de o segmento trabalhar focado no coletivo. “Já temos uma agenda de discussão com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e temos que trabalhar de forma complementar e sinérgica na questão da infraestrutura e da logística”, acentuou o dirigente.
Ele também se referiu ao Plano de Negócios da empresa no período 2015-2019, que promoverá investimentos de US$ 130 bilhões em cinco anos. Sendo a Petrobras o principal agente desse processo, Bendini defendeu uma ação conjunta para redução da dependência externa.
“Temos de saber como fazer os investimentos de forma complementar e sinérgica, para termos infraestrutura e logística adequadas no manejo do refino. Não queremos a Petrobras em uma dependência excessiva de importação de refinados, especificamente de gasolina, para poder atender toda a demanda”, discursou.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias