Estado que se destaca pela força da agricultura, sendo responsável pelas maiores produções de mandioca, açaí, abacaxi, cacau e pimenta-do-reino do país, o Pará e seus 6 milhões de eleitores podem nestas eleições colocar no Senado alguém que tem toda a trajetória política dedicada à defesa dos trabalhadores do campo e à questão fundiária: Beto Faro é o candidato do PT para senador pelo Estado, integrando o Time do Lula no Estado ao lado de Helder Barbalho (MDB), atual governador e candidato à reeleição, e Hana Ghassan (MDB), candidata a vice-governadora.
Além dos partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), a candidatura de Beto Faro também tem o apoio do Psol e da Rede no Estado.
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Filiado ao PT desde 1987, Beto Faro está em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados e atualmente preside o Diretório Estadual do PT do Pará. O candidato do Time do Lula ao Senado nasceu em Bujaru, na região de Guajarina, e tem a sua trajetória sindical e política ligada às lutas no campo, principalmente na defesa da agricultura familiar.
Foi na cidade natal que ele deu início à sua luta política, ainda na Pastoral da Juventude, e depois foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bujaru e dirigente estadual da Fetagri (Federação dos Trabalhadores da Agricultura) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
No governo Lula, ocupou o cargo de Superintendente Regional do Incra no Pará entre 2003 e 2004. Na Câmara, foi vice-líder do PT e vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Em 2010, foi o mais votado entre os candidatos do partido. Destacou-se na luta pela consolidação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de outras políticas públicas para a população rural.
Beto Faro tem denunciado na imprensa paraense as ações do governo Bolsonaro que dificultaram o acesso ao crédito pelos pequenos produtores, a redução dos recursos para a agricultura familiar e o desmonte dos Incras. Ele coloca como uma das prioridades a questão da regularização fundiária no Pará que, apesar do empenho do governo estadual, é ignorada na esfera federal.
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Para os cargos com eleição proporcional no Pará, o PT disputa as 17 vagas de deputado federal com 11 nomes, sendo 5 mulheres. E para a Assembleia Legislativa terá 47 candidatos do partido, sendo 13 mulheres, concorrendo a 41 cadeiras de deputado estadual.
Da Redação