O eleitor como o ator principal. É assim que o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) define como será sua campanha para a prefeitura de Belo Horizonte.
Pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores, Lopes traz na bagagem a experiência das gestões petistas anteriores na capital mineira.
Segundo ele, Patrus Ananias e Fernando Pimentel, quando prefeitos, fizeram políticas sociais e de participação vitoriosas, “que servem como referência” para apresentar propostas para a cidade.
Porém, na avaliação do petista, é preciso inovar e ir além. “É fundamental partir da experiência acumulada no passado, mas também ter a capacidade de encontrar novas ideias para resolver os novos e os velhos problemas. Isso será o debate central dessa campanha”, afirmou.
No estado antes dominado pelos golpistas Aécio Neves e Antônio Anastasia, ambos senadores pelo PSDB, Reginaldo Lopes foi o deputado federal mais votado em Minas nas eleições de 2014. Ele garante que, caso obtenha sucesso na campanha, não fará uma gestão só de homens e brancos, como o usurpador Michel Temer (PMDB).
“Estamos propondo um novo modelo de gestão, onde nós vamos defender a paridade de gênero em todos os espaços do governo, também com recorte racial e com recorte geracional. Porque nós achamos que as alianças pragmáticas levaram a composições de governo como o governo ilegítimo de Michel Temer, só de homens e de brancos”, destacou.
Campanha horizontal
De acordo com Reginaldo Lopes, seu caminho será composto terá três pilares: o rompimento com o atual modelo eleitoral; a defesa do direito à democracia; e o debate do direito à cidade.
O atual modelo eleitoral é antidemocrático, injusto e torna o debate superficial no conteúdo, na avaliação do petista. Por isso, para fazer o rompimento na prática, é preciso fazer uma campanha “sem nenhuma gastança de recursos” e sem marqueteiro.
“Não queremos que o marketing prevaleça na política, não queremos uma estrutura verticalizada onde o marqueteiro está acima da política. Também não queremos comitê fixo. Teremos comitês itinerantes, virtuais. Vamos fazer uma campanha virtual e horizontal”, explicou.
Reginaldo também defende uma campanha sem poluição visual ou sonora, e, inclusive, sem palanque.
“Não queremos palanque. Achamos que o palanque coloca o candidato acima do eleitor. Nós queremos que o eleitor seja o ator principal. Então nós vamos fazer sempre rodas de conversas, de debates e diálogos”, completou.
A questão da democracia e da participação é fundamental para o pré-candidato a prefeito de BH. “É no ambiente de democracia e respeito ao voto popular que é possível criar um ambiente de mais avanços e mais mudanças. Fora desse ambiente, só tem retrocesso”.
Já o direito à cidade visa incluir a diversidade nos diálogos de construção da gestão.
“Vamos debater dialogando com a diversidade da cidade. O direito da pessoa ser o que é, o direito ao amor, o direito à ocupação dos espaços, o direito à cidade educadora, onde vamos tratar a política educacional, o direto a uma cidade com saúde universal, da atenção primária à alta complexidade, o direito a uma economia justa, sustentável”, apontou.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias