Blogs e blogueiros reconhecidos pelo grande público destacaram nesta quarta-feira (27) o bom desempenho da presidenta Dilma Rousseff (PT) no debate da TV Bandeirantes. O confronto com Aécio Neves (PSDB) sobre a Petrobras foi um dos momentos mais lembrados, e a avaliação predominante é que a presidenta foi quem recebeu a maior parte dos ataques dos candidatos e dos jornalistas.
O jornalista Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, resumiu sua indignação com a pergunta que serviu de manchete ao seu blog: “Debate ou cerco?” Para ele, os debates no formato patrocinado pela Band, são ‘quase inúteis’ e só servem para “simular parcialidade”, ao defini-los como ‘uma camisa de força revestida de embuste”. Amorim se referia ao papel desempenhado pelos candidatos de baixa densidade eleitoral Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix.
“Os candidatos nanicos somam 1% dos pontos de intenção de votos, mas servem prá bater na Dilma”, sintetizou Amorim, acentuando ainda a audiência incipiente obtida pelo programa: apenas 6%. Para o blog “Viomundo”, do repórter Luiz Carlos Azenha, a presidenta se saiu bem “sempre que adotou o tom agressivo, apesar da posição desconfortável de ser vitrine diante de seis adversários”.
O editor Renato Rovai (revista Forum) informou em seu blog que o “debate foi de bom nível”, apesar de identificar os entrevistadores que conduziram o debate como de oposição ideológica à presidenta, de “direita e extrema-direita e fazerem perguntas ao gosto dos patrões”. Para ele, Marina (Silva) foi “vaga em suas respostas”, por não dizer “absolutamente nada marcante sobre como pretende governar”.
Azenha acredita que Dilma teve seu ponto alto quando enfrentou Aécio em debate sobre a Petrobras. “Ao fazer a pergunta sobre a presença da empresa nas páginas policiais, (Aécio) deu oportunidade a Dilma para que apresentasse uma defesa consistente do governo, fazendo comparações com episódios importantes do passado, como a tentativa de trocar o nome para Petrobrax e a plataforma P-36, que afundou sob os tucanos”.
A discussão sobre o programa Mais Médico com Marina Silva também mereceu destaque. Segundo Azenha, ao discutir o Mais Médicos com Marina Silva – ela se referiu ao programa como “paliativo” –. Dilma enfatizou o número de 50 milhões de atendidos pelo programa e desmereceu a definição da adversária, por revelar pouca sensibilidade com o tratamento da saúde alheia.
Por Márcio Morais, da Agência PT de Notícias