Partido dos Trabalhadores

Bolsa Família terá reajuste, garante Tereza Campello

Em entrevista, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome criticou iniciativa do senador Aécio Neves (PSDB) de indexar o Bolsa Família à inflação

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A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, garantiu, em entrevista ao jornal “O Globo” publicada nesta segunda-feira (4), que o Bolsa Família será reajustado neste ano.

“Existe a previsão de ter aumento no Bolsa Família, na casa de R$ 1 bilhão, que pode ser um pouquinho maior, dependendo do comportamento da economia”, explicou.

Além de esclarecer sobre o reajuste do benefício, a ministra criticou a iniciativa do senador Aécio Neves (PSDB). que pede a indexação do Bolsa Família à inflação.

“Me preocupa muito essa ideia de indexar o Bolsa Família à inflação, como queria o Aécio. Não vamos nos meter nessa aventura. O Bolsa Família não é salário e nem o substitui”, esclareceu Tereza Campello.

Um dos vetos da presidenta Dilma Rousseff na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016 dizia respeito ao reajuste do Bolsa Família pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A emenda é de autoria de Aécio Neves.

“E não há o que se falar em perda inflacionária porque os beneficiários do Bolsa Família tiveram ganho acima da inflação”, disse a ministra.

“É uma proposta completamente descabida. Usar o argumento de que recompõe perda inflacionária é desconhecer o que ocorreu com os mais pobres nos últimos anos”, continuou Tereza.

Em nota divulgada na tarde desta segunda, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirmou que o benefício médio do Bolsa Família cresceu acima da inflação nos últimos anos.

A pasta também informou que o aumento previsto de gastos é de cerca de R$ 1 bilhão entre 2015 e 2016 e que não há previsão do aumento do número de famílias atendidas pelo programa.

“Esse número vem se mantendo estável desde 2012, em torno de 13,9 milhões de famílias”, diz a nota.

Em defesa do Bolsa Família – Durante as discussões sobre a LDO de 2016, o relator do projeto, Ricardo Barros (PP-PR), manifestou a intenção de cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família.

A proposta, no entanto, foi rejeitada pela presidenta Dilma Rousseff. Para evitar o corte no programa, o governo federal iniciou uma ampla campanha na sociedade e também um grande diálogo no Congresso Nacional.

“O Bolsa Família é prioridade máxima para o meu governo, como foi para o do ex-presidente Lula. Cortar o Bolsa Família significa atentar contra 50 milhões de brasileiros que hoje têm uma vida melhor por causa do programa. Não podemos permitir que isso aconteça. Eu estou certa que o bom senso prevalecerá na destinação de recursos ao programa”, defendeu a presidenta, em publicação nas redes sociais em outubro.

Da Redação da Agência PT de Notícias