Em sessão no Congresso Nacional, com os novos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o presidente Jair Bolsonaro entregou uma lista com os projetos prioritários para seu governo. Nas propostas, nada sobre vacinas e auxílio emergencial, apenas medidas para privatização, corte de direitos, favorecimento aos bancos e aumento da desigualdade.
“Acabamos de ter acesso às prioridades do governo Bolsonaro no Congresso em 2021: privatizações, massacre dos povos indígenas, ataques ao meio ambiente, retirada de direitos e mais concentração de renda. Nenhuma medida para socorrer a população empurrada para a miséria. É chocante!”, denunciou o perfil do PT Senado em suas redes sociais.
O plano de Bolsonaro não traz qualquer medida para enfrentar a falência generalizada da economia, ignorando as propostas da oposição e da sociedade. “Existe uma receita para sair da crise e evitar o rolamento da dívida. Chama-se, investimento no desenvolvimento do País, por meio das empresas estratégicas e exploração de fontes de energia. Porém, a receita de Bolsonaro é vender ferramentas, não investir e aumentar a miséria”, advertiu o deputado Enio Verri (PT-PR).
Em lua de mel com suas bases cevadas por liberação de recursos, como denunciou a mídia, Bolsonaro tentou pousar de estadista, com reverente simpatia de setores da imprensa. Acusado de genocida em plenário, Bolsonaro desafiou a Oposição para “encontro em 22”, aludindo às futuras eleições presidenciais. Apostando longe, Bolsonaro não contemplou em sua lista temas como desindustrialização, o desemprego e fome, que ameaçam surpreender a sua momentânea alegria.
Entre os principais ataques aos interesses nacionais estão a privatização da Eletrobras, a aprovação de projetos de lei referentes à partilha do petróleo e gás e a mineração em terras indígenas. Também na agenda antinacional está a independência do Banco Central, sonho dos neoliberais e porta-vozes do sistema financeiro no Congresso Nacional e na mídia.
Outra iniciativa nefasta à sociedade é a proposta de alteração da lei que regulamenta o registro, a posse e a comercialização de armas de fogo e munição. “Entre as barbaridades, estão o aumento da circulação de armas e a licença para militares matarem no exercício da profissão. Lutaremos contra essa pauta”, avisou a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
Da Redação