Partido dos Trabalhadores

Bolsonaro corta programas sociais para suas “bondades” eleitorais

Programas criados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) tiveram significativa redução de orçamento no governo de Bolsonaro, que não pensa na população

Site do PT

Corte de orçamento de programas sociais afeta moradia, educação e saúde do povo

Como de praxe, Bolsonaro continua tentando ludibriar o povo brasileiro. De olho na reeleição, o governo tenta convencer a população de que o programa Auxílio Brasil, criado para substituir um dos frutos do legado social do PT com o Bolsa Família, é resultado de um olhar sensível à situação econômica da população.

Entretanto, a verba destinada para este programa é parte de uma manobra que reduz investimentos em programas de saúde, educação e moradia para as pessoas pobres. E o benefício extra só vale até 31 de dezembro desde ano.

Desde o início de sua gestão, Bolsonaro acumula uma drástica redução no orçamento do Casa Verde e Amarela (ação que substituiu o Minha Casa Minha Vida), do Farmácia Popular e do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

Nos governos do PT, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida tinha um orçamento de aproximadamente R$ 12 bilhões por ano. Com Bolsonaro, o déficit de moradias segue ladeira abaixo.

O programa Casa Verde e Amarela tem o menor orçamento da história do país, com R$ 1,2 bilhão neste ano. Enquanto Bolsonaro entrega 410 mil casas por ano, Lula e Dilma entregavam 544 mil, em média.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o professor e pesquisador da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sérgio Praça, ressalta que “Bolsonaro prioriza o programa Auxílio Brasil por ser um gasto social capaz de gerar dividendos eleitorais de forma mais imediata”.

“Ele [Bolsonaro] é a cara do Auxílio Brasil, a cara desse aumento [no benefício]. Assim, ele consegue tomar crédito político alto por isso. Manter o orçamento de outros programas [sociais] seria ótimo para a população, mas isso tem menos impacto na campanha política”, disse o professor.

Menos farmácias

Os sucessivos cortes também afetam a saúde do povo brasileiro, que perdeu na quantidade de farmácias credenciadas para atender a população de baixa renda. Criado no governo Lula, o programa Farmácia Popular beneficiou milhares de brasileiros e brasileiras com a distribuição de gratuita de remédios ou com descontos.

Na gestão bolsonarista, a quantidade de farmácias caiu para cerca de 30 mil unidades. Em 2015, no governo de Dilma e no auge da rede de atendimento, havia 34,6 mil farmácias.

O Farmácia Popular distribui medicamentos básicos gratuitamente para hipertensão, diabetes e asma por meio de farmácias privadas conveniadas. Remédios para controle de rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de anticoncepcionais, são vendidos com desconto de até 90%.

Menos R$ 16 bilhões para o Fies

A educação é outra área que Bolsonaro não dá a mínima. O orçamento do Fies, expandido na gestão de Lula, foi reduzido de 22 bilhões para R$ 5,5 bilhões.

Criado para estimular o acesso do povo de baixa renda ao ensino superior, o programa beneficia estudantes que têm parte das mensalidades em universidades privadas pagas pelo governo. Em troca, os beneficiários precisam quitar o financiamento após a formatura.

Desde 2020, o número de contratos assinados tem sido praticamente a metade da quantidade de vagas oferecidas.

Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo