No discurso que fez logo após ser eleito presidente do Brasil, no dia 30, Lula disse que uma de suas prioridades seria acabar com a fome e ajudar as famílias a encher o carrinho do supermercado.
Agora, dez dias depois das eleições, Lula e seu time têm uma certeza: o primeiro passo para alcançar esse objetivo é refazer o orçamento que Jair Bolsonaro deixou para 2023.
Durante a análise da proposta que Bolsonaro enviou para o Congresso, os parlamentares do PT e o governo de transição descobrem mais e mais absurdos. É o caso do dinheiro que seria destinado para a agricultura familiar.
O ex-capitão teve a cara de pau de propor um corte de 97% no Alimenta Brasil, criado por Lula com o nome de Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Segundo denunciou o senador Jean Paul Prates (PT-RN), se o orçamento continuasse como Bolsonaro queria, os recursos para esse programa cairiam de R$ 101 milhões para algo em torno de R$ 2 milhões. E pensar que, em 2010, último ano do primeiro governo Lula, foram R$ 622 milhões, como já mostrou o UOL.
A agricultura familiar e o combate à fome
É possível que alguém se pergunte o que a agricultura familiar tem a ver com o combate à fome. E a resposta é: muita coisa.
Enquanto o agronegócio se dedica principalmente a produtos que são exportados para outros países, os pequenos e médios agricultores plantam e criam mais de 70% do que comemos.
Então, ao apoiar a agricultura familiar, o governo garante uma maior produção, o que garante a oferta de comida e ajuda a abaixar os preços.
Além disso, com mais alimentos produzidos, o governo abastece as escolas e ainda faz estoques para os momentos de escassez.
É por isso que o PAA foi um dos programas fundamentais para que o Brasil saísse do Mapa da Fome. E ver como Bolsonaro o tratou ajuda a entender por que ele trouxe a fome de volta.
Novo Bolsa Família e muito mais
O objetivo do novo governo Lula é enfrentar a fome de verdade, voltando a integrar várias políticas e ações para garantir alimento a todos.
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Assim, além de fortalecer a agricultura familiar, o governo de transição já trabalha para garantir no orçamento de 2023 ações como o novo Bolsa Família, que dará R$ 600 para cada família mais R$ 150 por cada criança com até 5 anos; a elevação do salário mínimo acima da inflação; recursos para a merenda escolar e creches e a continuidade de obras para gerar empregos.
Como lembrou, na terça-feira (8), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o foco deve ser sempre a qualidade de vida da população. “A obra-prima do Estado é a felicidade das pessoas. Nós devemos ter o foco nas pessoas”, disse Alckmin, que é coordenador-geral do governo de transição (veja vídeo abaixo).
Da Redação