O presidente Jair Bolsonaro tem dado a cada dia sinais de que poderá ser ainda mais cruel com o povo brasileiro do que o golpista Michel Temer. Para se ter ideia, logo em seu primeiro dia de governo, o militar radical assinou decreto em que reduz o aumento previsto para o salário mínimo de R$ 1.006 para R$ 998 – em 2018, o vencimento base do trabalhador estava em R$ 954.
A decisão de Bolsonaro, que já entra imediatamente em vigor, reforça a política de desvalorização do salário mínimo iniciada a partir do golpe de 2016 e que teve seu menor reajuste em mais de duas décadas ano passado. Além disso, praticamente acaba com a fórmula criada pelo governo Lula em 2003 e transformada em lei por Dilma Rousseff e que fez renascer a iniciativa colocada em prática em 1940 por Getúlio Vargas.
Foi a partir da chegada do PT no governo que o salário mínimo passou a ter vertiginosos aumentos. De lá até 2015, quase quadruplicou de valor: de R$ 200,00 para R$ 788,00. Ou seja, subiu mais R$ 588,00, ou 294% de aumento em 14 anos. A atual política de valorização teria validade até 2023, mas o prazo foi reduzido por Temer para este ano com a chamada PEC do Fim do Mundo – medida que congelou os gastos do governo por 20 anos.
Bolsonaro tem até abril para definir qual será o cálculo para reajustar os vencimentos mínimos, mas seu ministro da Economia e guru, Paulo Guedes, já deixou claro que irá travar sua correção automática para “evitar gastos desnecessários”. Como se vê, o trabalhador e trabalhadora brasileiros não serão a prioridade da política econômica do novo governo.
Da Redação da Agência PT de Notícias