O Brasil desistiu de sediar a Conferência do Clima da ONU, a COP 25. Considerado o mais importante painel mundial sobre meio-ambiente, o evento acontece em novembro de 2019.
A decisão foi confirmada nesta quarta-feira (28). Oficialmente, o Itamaraty alegou ‘restrições fiscais e orçamentárias’ . Mas fica claro que o verdadeiro motivo é a cegueira ideológica do governo Bolsonaro.
Bolsonaro diz que recomendou ao futuro chanceler – o lunático Ernesto Araújo – que tirasse o país de cena. ““Houve participação minha nessa decisão. Nosso futuro ministro, eu recomendei para que evitasse a realização desse evento aqui no Brasil”, disse ao G1.
A principal missão da COP25 é negociar os termos do Acordo de Paris – o mesmo que Bolsonaro prometeu tirar o Brasil ainda em campanha.
O país começa a andar para trás após décadas de protagonismo neste assunto. Afinal, a Amazônia é o principal ativo contra o aquecimento global mundial.
Em nota, o Observatório do Clima critica a decisão e alerta que os prejuízos ao Brasil vão bem além da reputação. Abrindo mão dessa liderança, o país também somem oportunidade de negócios, investimentos e geração de empregos.
“A reviravolta provavelmente se deve à oposição do governo eleito, que já declarou guerra ao desenvolvimento sustentável em mais de uma ocasião. Não é a primeira e certamente não será a última notícia ruim de Jair Bolsonaro para essa área.”
A organização destaca que, há algumas semanas, Temer celebrava a confirmação da candidatura do Brasil como sinal do “papel de liderança mundial do país em temas de desenvolvimento sustentável”.
“Ao ignorar a agenda climática, o governo federal também deixa de proteger a população, atingida por um número crescente de eventos climáticos extremos. Estes, infelizmente, não deixam de ocorrer só porque alguns duvidam de suas causas.”, conclui o texto.
Da Redação Agência PT de Notícias