Quando entrou em vigor em 2005, a política de valorização tornou-se um dos símbolos das gestões petistas e fez com que o salário mínimo tivesse aumento de 283,8%. Isso começou a mudar quando a nefasta gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) entrou em vigor e, logo em seu primeiro dia, tratou de acabar com o reajuste dos vencimentos da população – o que custou R$ 8 a menos no bolso do trabalhador.
Com popularidade em queda sistemática desde que assumiu o governo, o descontrolado presidente agora tenta amenizar o estrago ao anunciar nesta terça-feira (14) que vai devolver ao salário mínimo as perdas inflacionárias do último ano. O problema é que, embora tente usar a medida com fins claramente políticos, mais uma vez Bolsonaro distorce informações para iludir a população – nos bastidores, consta que o atual mandatário da República relutou em engordar o SM em R$ 6.
É importante destacar que a ‘devolução’ anunciada pelo governo não representa aumento real no salário e na renda do trabalhador brasileiro.
O fato é que, para grande parte dos analistas econômicos comprometidos com a verdade, o governo federal tenta emplacar os ideais antidireitos articulados pelo ministro Paulo Guedes enquanto usa supostos “avanços” para tentar abafar os efeitos da crise sem fim.
E mais: como a política de valorização real do mínimo foi implementada durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e transformada em lei durante o governo de Dilma Rousseff (PT), o governo mais uma vez leva a cabo seus métodos inescrupulosos na tentativa de apagar o legado deixado pelos presidentes petistas.
Se a política implantada pelo governo de Dilma estivesse em vigor, o valor do salário-mínimo deveria ser de R$ 1.053 este ano. E a história mais uma vez prova a diferença: entre 2003 e 2016 (ano do golpe parlamentar), o SM saltou de R$ 260 reais para R$ 880.
Entenda a política de valorização
Implementada nas gestões do PT, a fórmula de cálculo do reajuste foi fixada em 2007, pelo governo Lula, e leva em conta o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e dos serviços produzidos no país de dois anos antes mais a inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Essa medida permitia que, nos momentos de crescimento da economia, o ganho do salário mínimo superasse a inflação, ajudando a reduzir as desigualdades e estimulando o consumo das famílias, uma vez que havia um aumento real do valor.
Da Redação da Agência PT de Notícias