Jair Bolsonaro (PSL) cumpriu, nos Estados Unidos, o papel a que foi designado pela elite bancária do Brasil, que vive do rentismo: traidor da pátria e entreguista. Em menos de 24 horas, Jair colocou o Brasil à venda, comprometendo o futuro dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
Entre as medidas anunciadas por ele e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, estão desde a cessão de uma base militar à importação de commodities dos EUA, sem contrapartida, prejudicando o agronegócio brasileiro. Confira, em cinco pontos, como Bolsonaro compromete a soberania nacional e a economia do Brasil:
Entrega do Pré-sal
A geopolítica mundial sempre teve forte influência da questão do Petróleo. Ao longo da história, países que possuem grandes reservas sofreram constantemente interferência externa. Com o Brasil e a América do Sul não é diferente. Desde a descoberta do Pré-sal, o Brasil entrou de vez na mira do imperialismo estadunidense.
O entreguismo de Guedes e Bolsonaro nos EUA é o último ato de um ataque que vem sendo promovido desde o golpe contra uma jazida com estimativa de 143,1 bilhões de barris. Por isso, sem nenhum pudor, o ministro de Bolsonaro anunciou que “daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal”.
Base de Alcântara nas mãos dos EUA
Jair também comprometeu a soberania nacional do Brasil. Bolsonaro cedeu aos EUA a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão. A instalação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) vai permitir que as Forças Armadas estadunidenses estacionem tropas em pleno território brasileiro.
Além disso, o uso da Base de Alcântara pelos EUA, para o lançamento de foguetes, não vai trazer nenhum benefício ou transferência tecnológica para o Brasil e ainda vai deslocar 312 famílias que vivem na região.
Dispensa de visto causa prejuízo de R$ 60 milhões
Na visita aos EUA, Bolsonaro também evidenciou que o povo brasileiro não é a prioridade do seu desgoverno. Jair dispensou a necessidade de visto para visitantes estadunidenses, mas não exigiu a mesma medida do governo dos EUA. Visitantes da Austrália, Canadá e Japão também não precisarão de visto. Ao dispensar a exigência de visto, Bolsonaro causou prejuízo de R$ 60,5 milhões por ano – em média – ao governo federal.
Segundo dados do Itamaraty, o Brasil emitiu 258.437 vistos para cidadãos dos quatros países em 2018. Os estadunidenses foram a maioria com 181.242, o equivalente a 70% do valor. A falta da reciprocidade, por sua vez, fará com que brasileiros que vão aos EUA continuem pagando a taxa de U$ 160, o que equivale a R$ 606. Se cada brasileiro do total de 1,9 milhão que viajou ao país 2017 teve de pagar por um novo visto, terão pago o equivalente a R$ 1,15 bilhão ao governo Trump.
Bolsonaro favorece agronegócio estadunidense
Outra desastrosa medida que Jair tomou nos EUA foi em relação a importação de trigo e carne suína. Bolsonaro zerou a taxa de importação do trigo dos EUA para até 750 mil toneladas e abriu o mercado brasileiro para a carne suína estadunidense, segundo a Folha de S. Paulo. Não houve, no entanto, nenhuma contrapartida dos EUA para o Brasil. O país de Trump vai, no máximo, mandar uma missão técnica e sanitária para avaliar as condições brasileiras de produção de carne bovina. Só depois Trump vai analisar se abrem ou não o mercado dos EUA para a carne “in natura” do Brasil.
A ação do governo brasileiro no setor de trigo deixou os produtores muito preocupados. Ainda de acordo com a publicação, a abertura do mercado brasileiro de suínos para os EUA é um perigo por problemas sanitários. O país de Trump convive com a ocorrência de várias doenças no setor, inclusive a diarreia suína e a peste suína africana. O Brasil, por sua vez, não tem problemas sanitários relevantes. O sistema de inspeção brasileiro vai ter de fazer bem a tarefa de inspeção.
Bolsonaro humilhou brasileiro imigrantes
O ápice da servidão de Bolsonaro a Trump se deu na questão da imigração. Jair escancarou toda sua desumanidade ao tratar imigração meramente como uma questão de segurança e com isso revelou que apoia a construção do muro da vergonha na fronteira com o México.
Durante entrevista à Fox News, Bolsonaro disse que vê “com bons olhos a construção do muro” e que “a maioria dos imigrantes não tem boas intenções”, entre eles os brasileiros que vivem nos EUA. Segundo Jair e seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL), brasileiros que vivem ilegalmente no exterior são “uma vergonha” para o país.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo